O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu na sexta-feira um desenvolvimento saudável, estável e sustentável das relações China-EUA.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as declarações durante uma reunião com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à margem da Conferência de Segurança de Munique, em andamento.
Durante a reunião, os dois lados tiveram discussões francas, substantivas e construtivas.
Wang disse que o presidente Xi Jinping e o presidente Joe Biden tiveram uma reunião bem-sucedida no final do ano passado, onde trocaram opiniões aprofundadas sobre questões estratégicas, gerais e direcionais nas relações China-EUA e alcançaram importantes consensos.
Wang disse que a tarefa mais importante para ambos os lados atualmente é seguir a orientação estratégica dos dois chefes de Estado para tornar a “visão de São Francisco” uma realidade, de modo a promover um desenvolvimento saudável, estável e sustentável das relações bilaterais.
Para esse fim, os dois lados devem aderir aos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha e explorar ativamente a maneira certa de os dois principais países se darem bem, observou Wang.
O lado dos EUA deve ver o desenvolvimento da China de forma objetiva e racional, e adotar uma política positiva e pragmática em relação à China, e implementar os compromissos do presidente Biden em ações concretas, acrescentou Wang.
O chefe da diplomacia chinesa sublinhou ainda que só há uma China no mundo e Taiwan faz parte do território chinês, o que é o verdadeiro status quo da questão de Taiwan. Ele acrescentou que o que está tentando mudar o status quo são as atividades separatistas de “independência de Taiwan” e a conivência e apoio de forças externas.
Se os Estados Unidos genuinamente esperam a estabilidade através do Estreito de Taiwan, devem respeitar o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos sino-norte-americanos, e cumprir seu compromisso de não apoiar a “independência de Taiwan”, disse ele.
Wang disse que a busca de transformar “desarriscar” em “dessinicização”, construir “pequeno quintal, cerca alta” e “dissociar-se da China” acabará saindo pela culatra contra os próprios Estados Unidos. Ele pediu a Washington que suspenda as sanções unilaterais ilegais contra empresas e indivíduos da China e não prejudique os direitos legítimos chineses de se desenvolver.
As duas partes trocaram também pontos de vista sobre os intercâmbios interpessoais e sobre a facilitação dos intercâmbios de pessoal.
Wang pediu que o lado americano pare com o assédio injustificado e o interrogatório de cidadãos chineses e promova atividades que aumentem o entendimento mútuo entre os dois povos.
“Um ato de bondade, por mais trivial que seja, vale a pena ser realizado, enquanto um ato de maldade, por menor que seja, deve ser evitado”, observou Wang.
Os dois lados discutiram intercâmbios em todos os níveis entre os dois países na próxima etapa, e concordaram em manter o diálogo e a comunicação em vários campos e continuar a implementar a “visão de São Francisco”.
Elogiando o trabalho do grupo de trabalho da cooperação antinarcóticos China-EUA, os dois diplomatas expressaram a esperança de que a próxima reunião de alto nível entre os departamentos de aplicação da lei dos dois países alcance resultados positivos.
Além disso, concordaram em continuar a promover o diálogo e a consulta sobre política externa, assuntos da Ásia-Pacífico, assuntos marítimos e inteligência artificial, e manter a comunicação entre os dois exércitos.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre a crise ucraniana, o conflito Palestina-Israel, a Península Coreana e outras questões regionais, e concordaram em manter contato entre os enviados especiais dos dois lados para assuntos da Península.
Fonte: Rádio Internacional da China
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