A Polícia Federal avança nas investigações sobre uma tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, com a operação Tempus Veritatis revelando tentativas de militares em proteger colegas implicados.
A investigação aponta preocupações com a participação de membros das forças armadas no planejamento do golpe, destacando o papel de militares de diferentes patentes, conforme reportagem do blog da Andreia Sadi, no G1.
Fontes militares buscam minimizar a influência de figuras como o general Estevam Theophilo, comandante do Comando de Operações Especiais Terrestres (Coter), que teria indicado apoio aos planos de Bolsonaro.
O Exército esclarece que o Coter, localizado em Brasília, não possui tropas subordinadas e opera sob a jurisdição do Comando Militar do Planalto, necessitando de autorização para qualquer ação.
Críticas surgem também quanto à atribuição de responsabilidades a militares que mantiveram comunicação com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e outros oficiais.
Estes são considerados de menor patente, com influência limitada a seus círculos pessoais, embora sejam acusados de fornecer informações falsas e questionar sobre fraudes eleitorais.
A estratégia de defesa desses militares os posiciona como figuras secundárias no cenário do golpe, uma visão contestada pela Polícia Federal com base nas evidências coletadas. A investigação também critica a participação de militares em reuniões ilegais com Bolsonaro, contrariando princípios constitucionais.
A operação já resultou na prisão de três militares e um ex-assessor de Bolsonaro, intensificando o escrutínio sobre o envolvimento das forças armadas em atividades antidemocráticas durante o ano de 2022.