Bomba! Dilma também pode ter sido espionada pela Abin de Bolsonaro

PR | Fernando Donasci

Em uma revelação impactante, a ex-presidente Dilma Rousseff compartilhou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha eleitoral de 2022, preocupações sobre possíveis atos de espionagem dirigidos a ela. A informação é do colunista Guilherme Amado, no Metrópoles.

O episódio central que alimentou essas suspeitas ocorreu na noite de 16 de agosto de 2022, em um contexto marcado por tensões políticas e vigilância.

Após a cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dilma Rousseff e um grupo de amigos decidiram jantar no restaurante italiano Villa Tevere, localizado na Asa Sul, uma área nobre de Brasília. No entanto, a noite não transcorreu como um simples encontro social.

Ao chegar ao restaurante, a equipe de segurança de Rousseff foi surpreendida pela informação de que “seguranças do GSI” (Gabinete de Segurança Institucional) já haviam inspecionado o local anteriormente. Este fato gerou estranhamento, visto que o local do jantar havia sido decidido por telefone apenas algumas horas antes do evento, sem qualquer notificação prévia a outras equipes de segurança.

A suspeita de vigilância não se limitou à presença antecipada de seguranças. Durante o jantar, Rousseff observou o comportamento incomum de três clientes, posicionados no mesmo andar que o seu grupo, intensificando suas preocupações de estar sendo monitorada em um ambiente público.

Este relato adquire uma dimensão ainda mais grave à luz das informações divulgadas sobre o então ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, e suas ordens para a infiltração de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em campanhas presidenciais.

Em uma reunião gravada em vídeo no dia 5 de julho de 2022, Heleno discutia esse plano de infiltração com o diretor-geral da Abin, um diálogo que foi abruptamente interrompido pelo então presidente Jair Bolsonaro, evidenciando a sensibilidade e a controvérsia em torno do assunto.

A interrupção de Bolsonaro durante a exposição de Heleno sublinha a complexidade e a delicadeza das operações de inteligência no contexto político brasileiro.

“General, eu peço que o senhor não fale, por favor. Peço que o senhor não prossiga mais na sua observação. Se a gente começar a falar ‘não vazar’, esquece, pode vazar. Então, a gente conversa em particular na nossa sala sobre esse assunto”, disse Bolsonaro, encerrando a discussão pública sobre o tema.

Redação:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.