O Ministério das Relações Exteriores de Israel, liderado pelo governo de Binyamin Netanyahu, emitiu uma declaração oficial na manhã de segunda-feira, 19, posicionando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como ‘persona non grata‘.
Esta decisão vem como resposta direta às declarações do chefe de estado brasileiro que traçou um paralelo entre as operações militares israelenses na Faixa de Gaza e os atos cometidos durante o Holocausto nazista.
O comunicado ressalta a resposta vil de Israel com as comparações feitas pelo presidente brasileiro. “Não esqueceremos nem perdoaremos”, afirmou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, marcando a postura do país diante das observações de Lula.
Além disso, Katz instruiu o embaixador de Israel no Brasil a transmitir uma mensagem direta a Lula, expressando a gravidade da situação:
“Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse.”
Esta exigência sublinha a expectativa de Israel por uma retratação oficial do presidente brasileiro, como condição para a normalização das relações diplomáticas entre os dois países. Até o momento, o governo brasileiro não sinalizou que vai atender ao pedido de Netanyahu e seus auxiliares.
Vale destacar que a decisão de declarar um chefe de Estado como persona non grata é um movimento diplomático raro e sério, indicando um profundo descontentamento com as ações ou declarações do indivíduo em questão.
Tradicionalmente, tal designação implica uma proibição de entrada no país que a emite e é vista como um dos últimos recursos em desacordos diplomáticos.
Este episódio marca um ponto de tensão nas relações entre Brasil e Israel, dois países que historicamente mantiveram relações diplomáticas estáveis, com cooperações em diversas áreas, incluindo comércio, tecnologia e defesa. A situação coloca em xeque futuras colaborações e diálogos bilaterais, exigindo manobras diplomáticas cuidadosas para sua resolução.