Mesmo com indícios, cúpula militar deve ser poupada de apurações da PF

General Tomás Ribeiro Paiva, novo comandante do Exército Divulgação/Exército

Hoje a jornalista Andreia Sadi revelou que a Polícia Federal vê necessidade de apurar omissões dos ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior. Porém, parece que a apuração deverá parar por aí, é o que afirmam fontes consultadas pela coluna.

O que contraria e muito as evidências coletadas pela própria PF e reveladas na semana passada durante a operação Tempus Veritatis. Conforme a própria coluna mostrou na semana passada, mensagens obtidas pela operação mostram que até mesmo o atual comandante do exército, o general Tomás Paiva, estava ciente das conspiratas golpistas e também não denunciou ninguém.

No ano passado o presidente do Superior Tribunal Militar (STM) revelou para a jornalista Miriam Leitão que a cúpula das forças armadas não aderiu integralmente às teses golpistas do então presidente Jair Bolsonaro. Logo, havia sim conhecimento do alto comando, já que para ser contra algo, você pelo menos deve saber da existência daquilo que se diz ser contra. Inclusive, boa parte dos membros daquela época, permanecem na cúpula.

Por enquanto, há o entendimento que não há possibilidade das investigações e apurações avançarem para que sejam apuradas as prevaricações na cúpula das forças armadas e até mesmo para se evitar um acirramento de ânimos já acirrados entre PF e militares por conta das recentes operações que investigam os crimes ocorridos na gestão de Jair Bolsonaro.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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