A administração do presidente Joe Biden comunicou ao Congresso dos Estados Unidos e aliados europeus sobre o desenvolvimento de uma nova capacidade nuclear pela Rússia, liderada por Vladimir Putin, que para a Casa Branca representa potencial ameaça à segurança global.
Este alerta foi parcialmente divulgado por veículos de imprensa americanos, em um momento em que Biden busca aprovação para um pacote de auxílio de R$ 300 bilhões à Ucrânia, enfrentando resistência da Câmara dos Representantes, controlada por republicanos.
Segundo o The New York Times, a nova capacidade russa é descrita como “séria”, mas ainda em desenvolvimento e não operacional.
A ABC News relatou que se trataria de uma arma nuclear destinada a satélites no espaço, ainda não colocada em órbita. Esta informação surge em um contexto onde a militarização do espaço é proibida pelo tratado de 1967, apesar de ser um campo de interesse para russos, chineses e americanos.
Na última sexta-feira, a Rússia anunciou o lançamento de uma “carga secreta” para o espaço, comissionada pelo Ministério da Defesa, levantando suspeitas de ser um satélite espião. Esta ação alimenta as discussões sobre as intenções militares espaciais de Moscou.
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, expressou urgência na aprovação do auxílio militar à Ucrânia pela Câmara dos Representantes, criticando a postura do presidente da Câmara, Mike Johnson, por sua hesitação em levar o assunto à votação.
Sullivan destacou o aumento dos custos da inação americana e a necessidade de entender as responsabilidades do cargo para com a situação na Ucrânia, onde se relata racionamento de munição.
Em resposta às preocupações sobre a nova capacidade nuclear russa, Sullivan enfrentou resistência para divulgar informações secretas, citando riscos para as fontes de inteligência. Um encontro foi arranjado com a “gangue dos oito”, grupo bipartidário líder do Congresso e dos comitês de inteligência, para discutir a situação.
A crise desencadeou vazamentos sobre a natureza do alerta e aumentou as tensões entre a administração Biden e os republicanos no Congresso, especialmente com a figura de Mike Turner, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara.