Bomba! PF vê Pazuello como cúmplice de Braga Netto nos ataques a generais contra o golpe

REUTERS/Ueslei Marcelino

Uma operação da Polícia Federal, apoiada em um relatório detalhado, expôs a participação de altos membros do governo Bolsonaro em um esquema para impedir a transição democrática de poder no Brasil.

O ex-ministro da Defesa, Braga Netto, é apontado como um dos incentivadores de ataques contra o general Tomás Paiva, comandante do Exército, em dezembro de 2022, segundo informações obtidas pelo jornal O Globo.

O relatório indica também a participação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em planos para um golpe de Estado, incluindo a proposta de uma ruptura constitucional. Desta forma, a Polícia Federal começa a suspeitar que Pazuello foi cúmplice de Braga Netto na ofensiva contra os generais que se negaram a participar da trama golpista.

LEIA: Pazuello e empresários também pressionaram pelo golpe

Um documento crucial menciona a análise e modificação, por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro, de uma minuta de decreto que previa a instauração de um estado de sítio, uma medida extrema que requer aprovação do Congresso Nacional.

Mensagens interceptadas pela PF revelam que Braga Netto criticou severamente Paiva, associando-o ao PT e incentivando a disseminação de ataques à sua reputação.

Essa estratégia tinha como objetivo pressionar altos oficiais militares a apoiar a manutenção do poder pelo grupo político de Bolsonaro e evitar a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Evidências adicionais apontam para a presença de Pazuello em reuniões cruciais no Palácio da Alvorada, onde foram discutidas propostas para alterar o resultado das eleições de 2022. Uma gravação de áudio sugere que Bolsonaro teria hesitado em seguir com planos mais radicais, apesar das pressões recebidas.

O relatório da PF também menciona a existência de uma minuta de decreto que, além de prever a prisão de autoridades do Judiciário e do Legislativo, indicava a instauração do estado de sítio. No entanto, apesar das pressões, o então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, não aderiu ao plano golpista e foi duramente atacado por Braga Netto.

A divulgação dessas informações gerou um forte debate político, com críticas vindas tanto de apoiadores do ex-presidente quanto de seus opositores.

As defesas de Braga Netto e Bolsonaro negaram as acusações, enquanto Pazuello optou por não comentar. O caso segue sob investigação, e os desdobramentos prometem trazer mais luz sobre as tentativas de subversão da ordem democrática no país.

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