O advogado Marcelo Bessa renunciou à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro em processos no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo substituído por Luciana Lauria Lopes em ao menos 13 ações. Bessa, ligado ao Partido Liberal (PL) e defensor de Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, optou por não comentar sua saída.
A mudança ocorre em um contexto em que o STF, sob decisão do ministro Alexandre de Moraes, restringiu a comunicação entre investigados da Operação Tempus Veritatis, medida que afeta diretamente Bolsonaro e Costa Neto, ambos investigados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em tentativa de golpe de Estado.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou recurso contra a restrição de comunicação imposta pelo STF, argumentando que a decisão prejudica a defesa dos acusados.
Luciana Lauria Lopes, nova advogada de Bolsonaro, já trabalhou com o ex-presidente durante seu mandato e foi indicada por ele para um cargo na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) ao fim de 2022, indicação esta que foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ela assume a defesa em processos significativos, incluindo o inquérito das milícias digitais, o caso do vazamento de dados sigilosos de urnas eletrônicas, e ações relativas à gestão da pandemia de covid-19 por Bolsonaro.
Paralelamente, os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser continuam à frente dos casos criminais envolvendo o ex-presidente, como o das joias sauditas e a suposta tentativa de golpe.
Com informações do Valor
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