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Secom revê estratégia de comunicação nas redes após reações negativas

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal ajustou recentemente suas diretrizes para a produção de conteúdo nas redes sociais, especialmente no que tange à utilização de ironias relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e aliados, em meio a investigações conduzidas pela Polícia Federal. Essa mudança ocorre após um episódio específico envolvendo uma […]

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REPRODUÇÃO

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal ajustou recentemente suas diretrizes para a produção de conteúdo nas redes sociais, especialmente no que tange à utilização de ironias relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e aliados, em meio a investigações conduzidas pela Polícia Federal.

Essa mudança ocorre após um episódio específico envolvendo uma publicação indireta ao vereador Carlos Bolsonaro, que desencadeou críticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até reações adversas entre membros do governo.

A alteração na abordagem da Secom tornou-se aparente na semana subsequente a uma operação da Polícia Federal que ampliou o escopo de suas investigações, envolvendo Bolsonaro e seus aliados, sem que nenhuma publicação relacionada fosse veiculada pela Secom.

Anteriormente, Carlos Bolsonaro havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre suposta participação em esquemas de monitoramento ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), levando a Secom a publicar uma mensagem enigmática “toc, toc, toc” em suas redes sociais.

Esta publicação foi interpretada como uma crítica velada e gerou controvérsia interna, levando o presidente Lula a solicitar esclarecimentos ao ministro da Secom, Paulo Pimenta.

O uso da onomatopeia “toc, toc, toc” foi explicado como uma referência a um discurso anterior da então deputada Joice Hasselmann, simulando batidas policiais na porta do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Apesar das críticas recebidas, o presidente Lula optou por manter a publicação ativa nas redes sociais.

Paulo Pimenta defendeu a postagem, alegando que para engajar o público é necessário aproveitar “janelas de oportunidades” que a comunicação digital oferece.

No entanto, a estratégia foi questionada internamente, especialmente por tratar de maneira leviana um tema importante como o combate à dengue e por sugerir um viés político nas ações da Polícia Federal.

Apesar da controvérsia, a Secom não abandonará completamente o uso de “marketing de oportunidade”, utilizando temas atuais para atrair atenção, mas peças com potencial de gerar acusações de politização agora deverão ser previamente aprovadas por Paulo Pimenta.

Essa nova política de comunicação visa evitar futuras repercussões negativas e assegurar que a mensagem do governo seja transmitida de maneira clara e sem margem para interpretações que possam comprometer a imparcialidade esperada de comunicações oficiais.

Com informações do Globo

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