A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou uma revisão significativa em sua estratégia de mobilização de forças, com o objetivo de otimizar sua preparação para potenciais conflitos futuros, especialmente com a China.
A nova abordagem substitui a mobilização de esquadrões individuais por uma estrutura que promove o treinamento e a implantação conjunta de alas inteiras, agora designadas como “unidades de ação”.
O General David Allvin, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, destacou a necessidade de as alas de combate funcionarem como unidades coesas, equipadas com todas as ferramentas necessárias para a execução eficaz de suas missões em tempos de guerra.
Este novo plano foi revelado durante o Simpósio de Guerra da Associação das Forças Aéreas e Espaciais, no Colorado, marcando as alterações mais profundas na estrutura organizacional da Força Aérea nas últimas décadas.
A reestruturação é uma resposta direta às deficiências do modelo anterior de distribuição de forças, considerado ineficaz contra adversários de grande porte como a China.
Segundo o secretário da Força Aérea, Frank Kendall, a iniciativa “Reoptimizing for Great Power Competition” visa direcionar os esforços da Força Aérea para enfrentar desafios mais complexos, enfatizando o desenvolvimento de pessoas, a geração de prontidão, a projeção de poder e o desenvolvimento de capacidades.
Detalhes sobre a implementação incluem a criação de um novo comando, o “Comando de Capacidades Integradas”, liderado por um general de três estrelas, com o objetivo de desvincular os principais comandos do processo de requisitos para que se concentrem na prontidão para o combate.
Além disso, novos escritórios serão estabelecidos para facilitar a integração de capacidades em toda a Força Aérea.
O Comando de Educação e Treinamento Aéreo será expandido e renomeado como Comando de Desenvolvimento de Aviadores, centralizando o desenvolvimento de força sob um único comando para promover uma força mais coesa.
Alterações significativas também estão previstas para a Força Espacial, incluindo a criação de um Comando de Futuros da Força Espacial focado na análise de ameaças futuras e na preparação de forças equipadas com as táticas, treinamento e tecnologias necessárias para o sucesso.
Kendall assegurou que as mudanças serão implementadas com os recursos existentes, sem imposição de grandes custos adicionais, embora seja possível que ajustes orçamentários sejam necessários a partir de 2026. O General Allvin enfatizou a importância de realizar exercícios em grande escala para testar o novo método de implantação, o que pode requerer alocação de recursos adicionais.
Embora reconheçam que os detalhes das mudanças ainda precisam ser finalizados e que ajustes podem ser necessários, os líderes da Força Aérea e da Força Espacial expressaram a urgência de implementar essas inovações para não ficarem atrás diante de adversários em evolução.
Com informações da Defense One
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