A chefe comercial do presidente Joe Biden classificou as tarifas como uma “importante ferramenta defensiva” para reequilibrar relações comerciais injustas, um aceno ao valor dos impostos sobre as exportações da China enquanto o governo considera mudanças.
A representante comercial dos EUA, Katherine Tai, disse na terça-feira que, embora as tarifas sejam “o aspecto menos interessante” de uma complexa relação comercial e econômica com a China, os EUA há muito que confiam nessas obrigações como um “nivelador de condições de jogo”.
Os comentários, numa discussão sobre a China durante uma entrevista no Instituto de Política da Universidade de Chicago, ocorrem no momento em que a Casa Branca avalia o futuro dos impostos de importação sobre mais de 300 bilhões de dólares em produtos chineses, impostos pela primeira vez pelo então presidente Donald Trump há mais de cinco anos. Tai sublinhou anteriormente como as tarifas proporcionam uma alavancagem para persuadir Pequim a mudar o que os EUA consideram práticas injustas.
A administração Biden passou anos decidindo o destino das taxas criadas para pressionar Pequim, que os EUA diziam estar roubando propriedade intelectual e a forçar as empresas americanas a transferir a sua tecnologia. Os EUA têm considerado um potencial aumento nas tarifas sobre veículos elétricos e outros bens chineses.
Os direitos atuais abrangem importações de fatores de produção industriais, como microchips e produtos químicos, até bens de consumo, incluindo vestuário e mobiliário. Trump impôs a primeira das tarifas em 2018, citando a seção 301 da Lei Comercial de 1974.
Trump, o principal candidato à nomeação presidencial republicana em 2024, tem falado de forma cada vez mais agressiva sobre a China durante a campanha, dizendo que poderá impor uma tarifa de mais de 60% sobre os produtos do país.
A redução dos laços econômicos entre as duas maiores economias do mundo está ganhando o apoio de alguns legisladores dos EUA, liderados pelo deputado republicano Mike Gallagher e pelo democrata Raja Krishnamoorthi, que recomendaram o aumento das tarifas e a restrição do investimento chinês num relatório da comissão da Câmara em dezembro.
Publicado originalmente pelo Yahoo News em 06/02/2024 – 22h54
Por Eric Martin
Paulo
11/02/2024 - 15h47
Cadê o capitalismo? Isso só demonstra – como se fosse necessário – que o Brasil não deve se alinhar automaticamente a nenhum país, nem, muito menos, fazer isso depender de afinidades ideológicas…