O Congresso dos Estados Unidos divulgou uma investigação destacando que cinco companhias americanas investiram mais de US$ 1 bilhão em semicondutores chineses desde 2001.
Esses investimentos, feitos por GGV Capital, GSR Ventures, Qualcomm Ventures, Sequoia Capital e Walden International, foram direcionados a mais de 150 empresas na China, potencialmente fortalecendo uma indústria vista por Washington como uma ameaça à segurança nacional.
O relatório, resultante dos esforços do Comitê Seletivo da Câmara sobre o Partido Comunista Chinês, aponta que cerca de US$ 180 milhões foram para companhias que supostamente apoiaram as capacidades militares de Pequim. Entre as beneficiárias dos investimentos está a Semiconductor Manufacturing International Corp. (SMIC), a maior fabricante de chips do país.
Estas descobertas surgem no contexto de esforços anteriores da administração Biden para limitar a capacidade da China de acessar tecnologias avançadas de semicondutores.
A investigação foca em investimentos realizados antes das restrições impostas, indicando que as empresas envolvidas não violaram nenhuma norma.
Em resposta às crescentes restrições, algumas das firmas mencionadas anunciaram medidas para distanciar suas operações na China das atividades nos EUA. Qualcomm, por exemplo, destacou que seus investimentos representam uma fração mínima dos valores mencionados no relatório.
Esta situação ressalta a importância crítica dos semicondutores, fundamentais para a operação de quase todos os dispositivos eletrônicos modernos e para avanços em campos como inteligência artificial e computação quântica. O governo dos EUA continua a implementar estratégias para conter o avanço tecnológico da China nesse setor vital.
Com informações da Folha