Nova pesquisa eleitoral para presidente em 2026 mostra liderança de Lula, mas apertada
A pesquisa espontânea de intenção de votos para a próxima eleição presidencial no Brasil em 2026, realizada entre os dias 24 e 28 janeiro de 2024, mostra um cenário com elevada indecisão ou desinteresse dos eleitores, onde 54,6% não souberam ou não quiseram opinar.
Lula lidera as preferências com 20,3%, seguido por Jair Bolsonaro com 14,4%. A polarização entre estes dois candidatos é evidente, enquanto outros candidatos apresentam intenções de voto abaixo de 1%.
A categoria “Ninguém/ Branco/ Nulo” alcança 7,7%, indicando rejeição ou desejo de anular o voto, e outros nomes somam apenas 0,9%.
Este levantamento sublinha a polarização eleitoral e o significativo número de indecisos, sugerindo que qualquer definição desse grupo poderia alterar o panorama eleitoral, destacando também o descontentamento com as opções de candidatura apresentadas.
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Cenário 1: A pesquisa eleitoral estimulada apresenta um cenário competitivo entre Lula e Jair Bolsonaro para a presidência, com Lula liderando com 36,9% das intenções de voto contra 33,8% de Bolsonaro. Este cenário destaca uma polarização da disputa eleitoral, com os demais candidatos apresentando percentuais significativamente menores, sendo Ciro Gomes o terceiro colocado com 7,8%.
Interessante notar é a baixa taxa de indecisão entre os eleitores, com apenas 3,5% não sabendo ou não opinando, e um percentual de 8,2% que optariam por voto nulo ou branco. Isso pode sugerir um eleitorado mais decidido e possivelmente mais engajado.
A análise demográfica revela nuances importantes: Lula possui maior intenção de voto entre as mulheres (40,3%) e na faixa etária de 16 a 24 anos (40,3%), enquanto Bolsonaro tem um desempenho melhor entre os homens (37,9%) e os eleitores com idade de 60 anos ou mais (44,9%). Ambos os candidatos têm apoio significativo em todas as regiões, mas Bolsonaro lidera no Sul (42,7%), enquanto Lula tem seu maior percentual no Nordeste (49,3%).
Em termos de escolaridade, Lula tem uma preferência maior entre eleitores com ensino superior (50%), e Bolsonaro com eleitores que possuem apenas o ensino fundamental (29,5%). A divisão por ocupação também é marcante, com Lula recebendo mais apoio de pessoas fora da força de trabalho (41,4%) e Bolsonaro entre os que estão empregados (36,7%).
Religiosamente, há uma divisão clara: Lula tem maior intenção de voto entre católicos (40,6%) e pessoas sem religião (28,5%), enquanto Bolsonaro é o preferido entre os evangélicos (43,5%).
Esses dados sinalizam um eleitorado claramente dividido entre dois candidatos principais, com diferenças marcantes em demografia, escolaridade e religião. O desempenho dos candidatos em grupos específicos pode ser decisivo, e movimentos nesses segmentos podem alterar o equilíbrio atual. Cabe aos candidatos agora, como parte de suas estratégias de campanha, focar nos segmentos onde têm menor apoio para tentar ampliar sua base eleitoral.
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Neste segundo cenário estimulado, Lula mantém a liderança com 37,6% das intenções de voto, porém a presença de Michelle Bolsonaro como candidata modifica a distribuição das intenções de voto. Michelle aparece com 23,0%, sugerindo que sua entrada na corrida eleitoral tem um impacto significativo, possivelmente dividindo os votos que poderiam ser atribuídos a Jair Bolsonaro em outro cenário.
A indecisão dos eleitores cai para 4,4%, e os votos nulos e brancos aumentam para 11,2%, o que pode indicar uma reação ao alargamento do leque de escolhas. Ciro Gomes se mantém como o terceiro mais votado com 9,3%, seguido por Romeu Zema com 6,5%.
As preferências demográficas mostram que Lula tem forte apoio entre os jovens de 16 a 24 anos (42,6%) e entre os eleitores com ensino superior (33,3%). Já Michelle Bolsonaro tem seu melhor desempenho entre os eleitores de 60 anos ou mais (13,9%) e entre aqueles com ensino fundamental (18,2%).
A divisão regional mostra Lula com o maior apoio no Nordeste (49,7%) e Michelle Bolsonaro mais forte no Sul (28,7%). Em termos de religião, Lula é o preferido entre católicos (40,9%) e eleitores sem religião (41,0%), enquanto Michelle Bolsonaro tem uma maior intenção de voto entre os evangélicos (26,2%).
Os dados indicam que a presença de Michelle Bolsonaro na corrida eleitoral atrai uma parcela do eleitorado, o que pode estar influenciando a dinâmica da disputa. Isso também sugere uma possível fragmentação da base de apoio de Jair Bolsonaro, com consequências importantes para a estratégia eleitoral dos candidatos. A campanha precisa se adaptar a um cenário onde novos eleitores podem estar se alinhando de forma diferente das eleições anteriores, e as próximas pesquisas poderão indicar se essa tendência se consolida ou se há volatilidade nas intenções de voto.
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No cenário 3 da pesquisa eleitoral estimulada, Lula continua na liderança com 37,4% das intenções de voto. A novidade é a emergência de Tarcísio de Freitas como segundo colocado, com 17,4%, superando Ciro Gomes que aparece com 10,3%. O aumento significativo no percentual de votos nulos e brancos para 15,1% pode refletir uma insatisfação com os candidatos apresentados ou uma incerteza maior entre o eleitorado.
A análise demográfica expõe que Lula tem uma presença forte entre os eleitores mais jovens, de 16 a 24 anos, com 42,6%, e uma liderança notável entre os eleitores com ensino superior, com 33,1%. Tarcísio de Freitas tem um desempenho mais equilibrado entre as diferentes faixas etárias e níveis de escolaridade, destacando-se com 21,5% entre os eleitores com ensino fundamental.
Neste cenário, Lula também mantém uma forte liderança no Nordeste, com 43,4% das intenções de voto, enquanto Tarcísio de Freitas tem um apoio considerável no Sul, com 22,2%. Em relação à religião, Lula tem o maior apoio entre católicos (40,7%) e eleitores sem religião (29,3%), e Tarcísio de Freitas mostra um apoio considerável entre os evangélicos, com 20,6%.
A presença de Tarcísio de Freitas como um forte segundo colocado neste cenário indica uma potencial consolidação de sua candidatura como alternativa ao eleitorado que não se alinha com Lula ou Ciro Gomes. A alta porcentagem de votos nulos e brancos e a baixa indecisão, 4,5%, podem se tornar fatores decisivos se convertidos em apoio a algum dos candidatos, especialmente em uma corrida eleitoral tão dinâmica e com a possibilidade de mudanças conforme a campanha evolui.
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A pesquisa para o segundo turno das eleições presidenciais apresenta três cenários distintos:
- Jair Bolsonaro x Lula: Lula aparece com uma leve vantagem de 43,9% contra 41,9% de Jair Bolsonaro. A margem é estreita, indicando uma disputa acirrada. Os indecisos representam 3,8%, e os votos nulos ou brancos somam 10,5%, um contingente que pode ser decisivo para o resultado final.
- Lula x Michelle Bolsonaro: Quando Lula é colocado contra Michelle Bolsonaro, ele possui uma vantagem maior, com 45,4% das intenções de voto contra 38,7% de Michelle. Os indecisos são 4,3%, e os votos nulos ou brancos aumentam para 11,5%. Isso sugere que, embora Lula mantenha a liderança, a presença de Michelle como candidata no segundo turno mobiliza um segmento do eleitorado que poderia estar descontente ou indeciso.
- Lula x Tarcísio de Freitas: Lula mantém uma vantagem similar ao cenário com Michelle Bolsonaro, com 45,8% contra 34,6% de Tarcísio de Freitas. A proporção de indecisos é de 4,4%, e o percentual de nulos e brancos é o maior entre os cenários, com 15,2%. Esse cenário sugere que Tarcísio de Freitas, apesar de ser um competidor forte no primeiro turno, tem um desafio maior para atrair votos no segundo turno contra Lula.
Esses cenários reforçam a posição de Lula como um candidato forte no segundo turno, independente do oponente. No entanto, a volatilidade dos eleitores indecisos e a quantidade de votos nulos ou brancos indicam que há espaço para mudanças nas intenções de voto, o que coloca pressão em todos os candidatos para consolidar suas bases e conquistar os eleitores ainda não comprometidos. A dinâmica do segundo turno, portanto, pode ser altamente influenciada pela capacidade dos candidatos de persuadir os indecisos e de converter os votos nulos e brancos em votos válidos.
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A comparação entre os resultados das pesquisas de março de 2023 e janeiro de 2024 para o segundo turno de uma eleição presidencial entre Lula e Jair Bolsonaro mostra que houve uma ligeira variação nas intenções de voto. Lula apresentou uma diminuição de 0,9% nas intenções de voto, passando de 44,8% para 43,9%. Por outro lado, Jair Bolsonaro teve um aumento de 2,7%, subindo de 39,2% para 41,9% das intenções de voto.
Os eleitores indecisos se mantiveram praticamente estáveis, com uma pequena redução de 0,1%, indicando que não houve grandes mudanças na parcela da população que ainda não tem uma opinião formada sobre em quem votar. Interessante notar que o percentual de votos nulos, brancos ou de eleitores que escolheriam nenhum dos candidatos diminuiu de 12,1% para 10,5%.
Essa variação sugere um leve fortalecimento de Bolsonaro no período, diminuindo a diferença entre ele e Lula. Contudo, a disputa ainda é favorável a Lula, mesmo com essa pequena perda de terreno. O cenário sinaliza que a eleição seria competitiva e que pequenas mudanças na percepção pública dos candidatos ou eventos políticos significativos poderiam influenciar o resultado final do segundo turno.
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A pesquisa estima o potencial eleitoral dos candidatos, oferecendo uma visão de sua força e limitações no eleitorado. Lula possui o maior índice de apoio firme, com 28,6% dos eleitores afirmando que votariam nele com certeza para Presidente do Brasil. Jair Bolsonaro está próximo, com 26,4% de certeza de voto. Isso indica uma base sólida e leal para ambos os candidatos.
Quando se trata de eleitores que poderiam votar em cada candidato, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas têm os maiores índices de eleitores potenciais, com 46,1% e 44,3% respectivamente, o que sugere uma abertura para crescimento significativo. Lula e Bolsonaro também mantêm percentuais consideráveis nesta categoria, com 23,9% e 24,8%.
A rejeição é um fator crucial, e aqui Lula e Bolsonaro apresentam uma rejeição quase idêntica, com 46,9% e 47,8% dos eleitores dizendo que não votariam neles de jeito nenhum. Isto pode ser um indicativo de um teto eleitoral para ambos, onde uma proporção quase igual do eleitorado está firmemente contra eles, limitando sua capacidade de angariar novos votos.
Tarcísio de Freitas, embora tenha uma base de apoio firme relativamente baixa, possui uma rejeição menor (36,6%) e uma alta taxa de eleitores que poderiam considerar votar nele, mostrando que ele tem espaço para crescer. Michelle Bolsonaro tem uma rejeição similar a Lula e Bolsonaro, mas também tem um número considerável de eleitores potenciais.
Quase todos os eleitores estão familiarizados com Lula e Bolsonaro, indicando que suas campanhas devem se concentrar mais em persuadir do que em aumentar o reconhecimento. Para Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro, o desafio é aumentar o conhecimento sobre eles entre os 14,1% e 2,7% dos eleitores que ainda não os conhecem suficientemente, além de converter os indecisos e aqueles que poderiam considerar votar neles.
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A pesquisa de janeiro de 2024 sobre a aprovação da administração do Presidente Lula mostra um país dividido quase que igualmente: 48% dos entrevistados aprovam a gestão, enquanto 47,8% desaprovam, e 4,1% não sabem ou não opinaram.
Observando os segmentos demográficos, Lula tem uma aprovação mais alta entre as mulheres (50,8%) do que entre os homens (44,9%). Entre os jovens de 16 a 24 anos, a aprovação é forte, com 53,1%, indicando um bom respaldo nesse grupo etário. Por outro lado, a desaprovação de sua administração é mais alta entre as faixas de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos, ambos com 52%.
Os eleitores mais velhos, de 60 anos ou mais, são os que mais aprovam o governo Lula, com 55,8% de aprovação contra 40% de desaprovação. Quanto à escolaridade, há uma maior aprovação entre aqueles com ensino fundamental (56,5%), enquanto a desaprovação é mais alta entre os que têm ensino superior (53,3%).
No recorte por ocupação, a aprovação é maior entre os não participantes da força de trabalho (53,3%), e a desaprovação é mais alta entre os participantes da força de trabalho (50,9%).
Religiosamente, os católicos aprovam mais a administração de Lula (52,1%) em comparação aos evangélicos, onde a desaprovação é maior (57,1%). Entre as pessoas sem religião, a aprovação e desaprovação estão praticamente empatadas.
Regionalmente, a aprovação é mais alta no Nordeste (59,0%), tradicional reduto eleitoral de Lula, e a desaprovação é maior no Sul (57,7%), indicando uma região mais crítica à sua administração.
Esses dados refletem um cenário de polarização, com a aprovação do governo Lula variando significativamente entre diferentes demografias, o que pode ser reflexo de políticas públicas específicas, questões culturais ou a percepção do desempenho econômico do país. Os pontos fortes de Lula estão entre as mulheres, os jovens e os mais velhos, e no Nordeste, enquanto seus pontos fracos aparecem no Sul, entre os mais educados e os evangélicos.
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A Paraná Pesquisas divulgou a metodologia empregada na recente pesquisa de opinião que sondou o cenário político brasileiro, focando nas preferências eleitorais para o Executivo Federal e na avaliação da atual administração. Realizada entre os dias 24 e 28 de janeiro de 2024, a pesquisa entrevistou 2026 eleitores em uma amostragem estratificada que abarcou variáveis demográficas como gênero, idade, escolaridade, classe econômica e localização geográfica.
O levantamento abrangeu todo o território nacional, estendendo-se por 26 Estados e o Distrito Federal, incluindo um total de 164 municípios. A fim de assegurar a precisão dos dados, 20% das entrevistas foram auditadas simultaneamente à coleta de informações.
Com relação à confiabilidade dos resultados, o estudo alcança um grau de confiança de 95%, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para os resultados gerais. No entanto, essa margem varia quando focada em áreas específicas, sendo de 3,4 pontos para o Sudeste, 5,6 pontos para a junção das regiões Nordeste e Centro-Oeste, e de 5,8 pontos tanto para o Norte quanto para o Sul.
A empresa responsável pela pesquisa está devidamente registrada no Conselho Regional de Estatística e operou a seleção dos entrevistados em um processo tripartite que utilizou métodos probabilísticos e de proporcionalidade em relação ao eleitorado, com base nos dados do IBGE Censo 2010 e atualizações do TSE até dezembro de 2023.
A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.