Autoridades econômicas projetam superação de metas e crescimento acima das expectativas para 2024
Em encontro no CEO Conference Brasil 2024, organizado pelo BTG Pactual, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alinharam-se em um discurso otimista sobre o futuro econômico do país. A terça-feira (6/2) foi marcada por uma rara sinergia entre as autoridades monetária e fiscal do Brasil, que destacaram a sustentabilidade das contas públicas e a possibilidade de superação das metas de crescimento estipuladas para este ano.
A confiança na manutenção da meta de zerar o déficit fiscal, uma promessa inscrita na Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo Congresso Nacional, pautou a fala de Campos Neto. Segundo ele, a definição da meta tem sido um ponto de ancoragem fundamental para as expectativas de mercado, refletindo-se em uma queda acentuada nas projeções de inflação e orientando as políticas do Banco Central. Ele sinalizou que o PIB do primeiro trimestre pode trazer surpresas positivas, impulsionado principalmente pelo setor de serviços.
A questão fiscal também foi mencionada como um desafio na acurácia das previsões de crescimento do PIB, com Campos Neto destacando a importância da consistência na meta e a coordenação entre os diferentes agentes econômicos.
Haddad, ecoando o tom positivo, defendeu a realidade do déficit fiscal do ano anterior, pontuando fatores extraordinários como o pagamento de precatórios. Ressaltou que a meta de déficit primário zero não é mais apenas uma meta governamental, mas um compromisso do país, apoiado por ações do governo e pela cooperação do Legislativo.
O Ministro da Fazenda mostrou-se ainda mais otimista ao projetar um crescimento do PIB para 2024 acima de 2%, baseando-se em dados atuais e projeções de mercado que, segundo ele, sugerem números ainda mais animadores.
Este cenário promissor apresentado por Campos Neto e Haddad reflete uma visão coordenada e estratégica das autoridades, que parece estar se traduzindo em expectativas positivas tanto para os agentes econômicos quanto para a população brasileira em geral.
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