O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Dias Toffoli, ordenou nesta segunda-feira, 5, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) inicie uma investigação sobre o envolvimento da ONG Transparência Internacional na Operação Lava Jato.
Esta decisão surge após acusações da J&F Investimentos, controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, contra a organização, alegando tentativa de apropriação indevida de recursos oriundos de um acordo de leniência firmado em 2017.
A Transparência Internacional, em resposta, classificou as acusações da J&F como “falsas” e anunciou a intenção de processar a empresa, defendendo a integridade de seu trabalho contra a corrupção.
A ONG enfatizou que nunca recebeu valores, direta ou indiretamente, provenientes do acordo, reiterando seu compromisso com a transparência e a luta anticorrupção.
A J&F, por outro lado, sustenta que a Transparência Internacional, especificamente através de seu diretor Bruno Brandão, tentou de forma insistente direcionar para si os recursos do acordo de leniência.
A empresa alega que enfrentou pressão do Ministério Público Federal para aceitar as condições de governança propostas pela ONG, o que considera uma forma de perseguição.
A controvérsia também toca na decisão recente de Toffoli, que estendeu benefícios legais à J&F, gerando debates sobre a atuação do Judiciário.
A participação da Transparência Internacional foi destacada no acordo de leniência da J&F, onde a ONG seria responsável por apoiar a estruturação do sistema de governança para a gestão dos recursos destinados a projetos sociais.
Com informações do Estadão
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