Segundo fontes na Polícia Federal (PF) consultadas pela coluna, a prisão do general Braga Netto, virou uma questão de quando e não mais de “e se…”
Avaliação vem do fato de que a revelação de que o general tentou quebrar a hierarquia na caserna, com isso ele estaria “abandona” à própria sorte. O que muda completamente o cenário já que foi justamente esse respaldo dado pelas forças armadas que blindou o militar de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (Pandemia e 8 de janeiro) e de outras diversas investigações ao longo dos últimos anos.
Além disso, a operação desta quinta-feira (8) revelou que que o general tinha um envolvimento muito mais profundo com a conspiração que visava solapar a democracia no Brasil, não só como beneficiário do tal golpe mas também coordenador das ações, principalmente no que diz respeito a mobilização de militares para a intentona.
O que definitivamente poderá selar o destino do general serão os resultados da operação de hoje, ou seja, apuração dos materiais apreendidos e as provas que elas trazem, também não está descartada uma rodada de convocações para depoimentos.
Se antes a impunidade era uma certeza na vida do militar (assim como de todos os outros militares), especificamente no caso de Braga Netto, isso deixou de ser um fato inconteste.
Procurada, a Polícia Federal disse que não comenta investigações em andamento.