A Polícia Federal (PF) notificou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma operação de espionagem contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo informações divulgadas pelo jornalista Guilherme Amado em sua coluna no Metrópoles, Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o coronel Marcelo Costa Câmara, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, estavam envolvidos na vigilância do magistrado.
O propósito da espionagem seria facilitar a detenção de Moraes em resposta à emissão de um decreto que promoveria um golpe de Estado.
De acordo com a PF, os envolvidos constituíram um “núcleo de inteligência paralela” com o objetivo de recolher informações que apoiariam Bolsonaro na tentativa de um golpe de Estado e na prevenção da posse do presidente Lula.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, em comunicação com Moraes, relatou:
“Os membros teriam monitorado o itinerário, o deslocamento e a localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal e então chefe do Poder Judiciário Eleitoral, Alexandre de Moraes, e de possíveis outras autoridades da República, com o objetivo de captura e detenção, nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado”.