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Governo Federal trabalha para ampliar produção de vacina contra a dengue

Cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas ainda este ano. Ministério da Saúde já garantiu 9 milhões de doses para 2025 O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa vacina foi aprovada para uso no país pela Agência Nacional de Vigilância […]

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José Cruz/Agência Brasil

Cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas ainda este ano. Ministério da Saúde já garantiu 9 milhões de doses para 2025

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa vacina foi aprovada para uso no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Assim, considerando as etapas e os fluxos que envolvem a incorporação de um imunobiológico no SUS, o Ministério da Saúde, no mesmo ano (dezembro de 2023), incorporou a vacina ao sistema de saúde. A inclusão da vacina foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) de forma prioritária e em regime de urgência.

A partir da aprovação pela Conitec para incorporação da nova tecnologia, o Ministério da Saúde adquiriu todas as vacinas contra a dengue que foram disponibilizadas pelo fabricante, visando iniciar a vacinação o quanto antes. Contudo, a quantidade de doses está limitada à capacidade operacional e logística do fabricante.

Diante da capacidade limitada de fabricação das doses da vacina pela farmacêutica, cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas ao longo de 2024. A primeira remessa, com cerca de 757 mil doses, chegou ao Brasil no dia 20 de janeiro. Mais 568 mil doses estão previstas para chegar ainda no mês de fevereiro. Além disso, o Ministério da Saúde adquiriu mais 5,2 milhões de doses. Para 2025, a pasta já contratou nove milhões de vacinas.

No último sábado (3), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reuniu-se com Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, e Mario Moreira, presidente da Fiocruz, instituto de ciência e tecnologia do Ministério da Saúde, para viabilizar parceria estratégica visando aumentar a produção de vacinas de dengue no Brasil.

O objetivo do Ministério da Saúde é unir e coordenar esforços para ampliar o acesso de toda população às vacinas Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, e Butantan-DV, que está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan. As duas instituições manifestaram interesse em atuar em conjunto para acelerar a produção de vacinas no Brasil.

Quem receberá a vacina?

Inicialmente, a prioridade para vacinação são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue (16,4 mil de janeiro de 2019 a novembro de 2023) na população-alvo da vacina. Esta medida está alinhada com as recomendações nacionais e internacionais de especialistas em imunização.

A partir de fevereiro, 521 municípios de regiões endêmicas, incluindo 16 estados e o Distrito Federal, receberão o imunizante. Possuir pelo menos um município de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes; Alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024 e maior predominância do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2).

Acesse a lista de municípios selecionados para receber a vacina

Além da vacina, o Ministério da Saúde repassou a estados e municípios o valor de R$ 256 milhões para ajudar nas ações de controle da doença. Agentes de combate a endemias também foram capacitados e o estoque de inseticidas, com distribuição periódica para todo país, foi regularizado.

Como parte das ações, foi criada a Sala Nacional de Arboviroses, que monitora os dados regionais 24 horas por dia e 7 dias por semana para responder aos sinais de alerta. A expansão do uso do método Wolbachia, que bloqueia no mosquito a capacidade de transmissão do vírus da dengue, também foi intensificada.

Por que os casos aumentaram este ano?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o crescimento ocorre por uma combinação de fatores, como o calor excessivo e chuvas intensas, possíveis efeitos do El Niño, além do ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da doença no país.

Publicado originalmente pela Presidência da República em Publicado em 06/02/2024 – 16h45

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