A China está intensificando sua produção doméstica de semicondutores, uma medida para enfrentar as sanções impostas pelos Estados Unidos.
De acordo com o Financial Times, a Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC) está inaugurando novas linhas de produção em Xangai para suprir a demanda crescente da Huawei.
Fontes próximas à fabricante informaram que a nova unidade se concentrará na produção de chips de 5 nanômetros, prevendo iniciar suas operações no primeiro semestre deste ano.
Para tal empreitada, a SMIC planeja utilizar um estoque de equipamentos adquiridos da ASML, uma estratégia similar à adotada pela Huawei antes das sanções, acumulando maquinário de última geração desde 2020.
Além disso, a China está alocando recursos significativos para alcançar a autossuficiência na fabricação de semicondutores, incluindo o desenvolvimento de máquinas que possam substituir aquelas produzidas pela ASML, empresa holandesa líder neste setor.
Este movimento ocorre em um contexto onde o governo dos Estados Unidos poderia intensificar as restrições, impedindo que fornecedores ocidentais forneçam outras categorias de equipamentos e chips para o gigante asiático.
No entanto, as limitações impostas aos chips de IA da NVIDIA resultaram em um aumento de clientes para a Huawei, sugerindo que um agravamento das sanções americanas poderia incentivar as empresas chinesas a buscar soluções internas.
Até o momento, tanto a SMIC quanto a Huawei não emitiram comentários sobre estas informações.
José Pinheiro
09/02/2024 - 11h43
Que bom que o Bolsonaro não conseguiu vender a nossa fábrica de semicondutores e o Lula está investindo nessa área antes tarde do que nunca, espero que no futuro possamos colher os frutos, e pelo menos seja capaz de atender uma parcela da demanda interna.