Ex-comandante da Marinha que aderiu ao golpe de Bolsonaro é alvo de busca e apreensão pela PF

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Na quinta-feira, 8, a Polícia Federal realizou uma série de buscas e apreensões como parte da Operação Tempus Veritatis, sob ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O ex-comandante da Marinha, almirante Garnier Santos, e outros 15 militares, incluindo os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), foram alvos desta ação que investiga a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro do ano anterior. Jair Bolsonaro também está entre os investigados.

Garnier Santos já foi indiciado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os atos golpistas, sob acusações de associação criminosa, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

A senadora Eliziane Gama, relatora da CPI, enfatizou o papel decisivo de Garnier nos eventos antidemocráticos que levaram à invasão das sedes dos Três Poderes por manifestantes bolsonaristas e de extrema direita.

A operação inclui o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, espalhados por estados como Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e o Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Federal, o objetivo da Operação Tempus Veritatis é desarticular a organização criminosa responsável pela tentativa de golpe de Estado e pela ameaça ao Estado Democrático de Direito, buscando benefícios políticos através da continuidade de Bolsonaro no poder.

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