Urgente! PF suspeita que Ramagem contratou miliciano para campanha eleitoral com recursos da Abin

Agência Brasil/Valter Campanato

Uma operação secreta da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), comandada pelo então delegado da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, durante o governo Bolsonaro, veio à tona após investigações jornalísticas.

A primeira reportagem, publicada pelo jornalista Rodrigo Rangel no Metrópoles em junho de 2022, revelou que a ABIN teria utilizado verba secreta para financiar atividades em áreas do Rio de Janeiro de interesse das milícias, sob o pretexto de pagar informantes em comunidades controladas pelo tráfico de drogas.

Conhecida internamente e nos círculos de segurança e inteligência como “Operação 06”, a iniciativa foi documentada como “Plano de Operações 06/2021” nos registros da ABIN.

As despesas, dificilmente rastreáveis devido à natureza secreta dos fundos utilizados, teriam chegado a cerca de R$ 1,5 milhão, uma quantia significativa para os padrões da agência em operações de campo.

Além disso, surgiu a suspeita de que a operação pudesse ter motivações eleitorais clandestinas, visando beneficiar candidatos aliados ao bolsonarismo nas eleições seguintes, com a possível intenção de facilitar a entrada e ação de grupos policiais ligados ao governo nas referidas comunidades.

Recentemente, a jornalista Natália Portinari, do UOL, revelou que a Polícia Federal, em busca e apreensão na residência de Ramagem em 25 de janeiro deste ano, encontrou documentos relacionados à “Operação 06”.

Esses documentos, descaracterizados e sem identificação da ABIN, levantam novas questões sobre as intenções e o alcance da operação.

A revelação dessas informações marca o ressurgimento de um tema que, embora inicialmente ofuscado por outras urgências jornalísticas, agora retorna com significativas implicações políticas e legais.

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