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Novo marco regulatório do transporte de passageiros impulsiona investimentos bilionários em 2024

Após a implementação do novo Marco Regulatório do Transporte de Passageiros, aprovado em dezembro do ano passado pela ANTT, 112 empresas reguladas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Transportes (ANTT) anunciaram investimentos significativos no setor em 2024, totalizando R$ 2,5 bilhões. Esses recursos já estão sendo direcionados para a aquisição de novos veículos, destacando marcas […]

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Após a implementação do novo Marco Regulatório do Transporte de Passageiros, aprovado em dezembro do ano passado pela ANTT, 112 empresas reguladas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Transportes (ANTT) anunciaram investimentos significativos no setor em 2024, totalizando R$ 2,5 bilhões.

Esses recursos já estão sendo direcionados para a aquisição de novos veículos, destacando marcas renomadas como Mercedes Benz, Scania e Volvo, além da compra de carrocerias produzidas por empresas líderes do segmento, como Marcopolo, Busscar e Comil.

Segundo dados de 2023, a frota rodoviária, composta por quase 10 mil veículos registrados, apresenta uma idade média de 7,5 anos.

No entanto, houve um aumento significativo de 21,85% no número de veículos no ano passado, de acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O investimento projetado para 2024 representa um aumento de 35% em relação aos anos anteriores, prometendo modernizar os serviços e reduzir a idade média dos ônibus.

Além da renovação da frota, as empresas têm planos de expandir os investimentos em tecnologia.

Serão desenvolvidas novas gerações de aplicativos para monitorar a demanda, gerenciar receitas, controlar a frota e analisar a concorrência, visando aprimorar o planejamento, tornar os preços mais competitivos e promover operações mais sustentáveis, modernas e ecologicamente corretas.

As tecnologias de monitoramento da frota serão fundamentais nos processos de regulação e fiscalização de serviços, permitindo à ANTT acompanhar em tempo real 100% da operação de transporte de passageiros.

Os benefícios desses investimentos não se restringem apenas aos passageiros. Segundo o Painel de Emprego da Confederação Nacional de Transportes (CNT), mais de 24 mil novos empregos foram gerados nos últimos dois anos, e espera-se um aumento de aproximadamente 30% com as medidas anunciadas pelas empresas.

Esta expansão de empregos abrangerá diversas áreas, incluindo motoristas, mecânicos e profissionais em desenvolvimento tecnológico, comunicação, publicidade, recursos humanos e cultura.

No ano passado, mais de 34 milhões de passageiros utilizaram o transporte regular interestadual, enquanto cerca de 13 milhões optaram pelo fretamento.

Considerando o Mapa do Turismo Brasileiro, do Ministério do Turismo, 89% das 2.542 cidades turísticas do país são atendidas pelo transporte rodoviário regular.

Esses investimentos prometem impulsionar a economia do setor, melhorar significativamente a experiência dos passageiros e contribuir para o desenvolvimento do turismo nacional.

A ANTT, como agência reguladora do setor de transporte interestadual e internacional de passageiros, tem o compromisso de promover a harmonização, estabilidade e evolução do setor para garantir a adequada prestação de serviços aos usuários, com segurança e qualidade.

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Ligeiro

07/02/2024 - 08h57

Um dos maiores problemas do setor do transporte público de longa distância (o chamado “Rodoviário”) é que ainda é cartelizado. Apesar dos anúncios, pelo que tenho acompanhado, no final as empresas são as mesmas de quase um século de operação de transportes. Isso significa preços altos e restrição de mercados – a gente depende só daquela empresa para a operação e não tem opções para ir para outros lugares.

Este tipo de anúncio é inócuo quando lembramos que existem poucas diversificações de linhas (ou seja, a partir de um lugar é difícil para ir para outros destinos), poucas integrações e desconforto para passageiros. Fora ainda problemas como preconceito de funcionários de rodoviárias e empresas (já presenciei casos de atitudes de preconceitos na Rodoviária de Curitiba por exemplo).

Uma coisa que governos e pessoas que defendem governos devem pensar antes de publicar este tipo de coisa é ver in loco como está a situação. Um anúncio de investimento não é nada quando vemos o dia a dia de quem usa os serviços públicos.


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