Haddad comemora arrecadação recorde em janeiro

Paulo Whitaker/Agência Brasil - Fernando Haddad

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em um evento na terça-feira, 6, que os números da arrecadação federal de janeiro devem superar as expectativas do mercado financeiro.

A revelação ocorreu durante o CEO Conference Brasil 2024, promovido pelo BTG Pactual. Os dados oficiais, segundo Haddad, serão divulgados após o Carnaval, indicando um início de ano fiscalmente promissor para o Brasil.

“O mês passado foi muito bom. Nós vamos divulgar depois do Carnaval os dados consolidados e ele foi muito surpreendente, a arrecadação”, disse.

Paralelamente, em declarações à Folha de S. Paulo, Haddad expressou otimismo quanto ao desempenho econômico do país em 2024, superando as previsões de analistas.

Entretanto, enfatizou que a realização da meta fiscal para o ano corrente depende crucialmente do apoio do Congresso Nacional.

Em um diálogo com Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual, o ministro abordou a preocupação do mercado quanto à habilidade do governo de eliminar o déficit fiscal em 2024.

Haddad assegurou que o ministério está focado em atingir essa meta, através de iniciativas para ampliar a arrecadação e ajustar distorções tributárias, mas reiterou que a efetivação dessas medidas requer a concordância do Congresso.

“Hoje, o que era uma meta de governo, é uma meta do país, é uma lei [zerar déficit primário]. Então, [a meta] foi chancelada pelo Congresso Nacional. Agora, o resultado não vem por um passe de mágica”, destacou.

Haddad também discutiu a necessidade de corrigir distorções tributárias, como a desoneração da folha de pagamento para 17 importantes setores econômicos, uma política implementada desde 2012 e estendida ao longo dos anos. Segundo o ministro, é crucial reavaliar essas políticas para direcionar o país ao desenvolvimento sustentável.

Adicionalmente, o ministro comentou sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), instituído durante a pandemia para sustentar um dos setores mais impactados. Haddad defendeu a conclusão do programa, justificando que, embora tenha sido vital no contexto de emergência sanitária, sua perpetuação agora prejudica a arrecadação federal e destaca a importância de revisar tais medidas em face da recuperação econômica.

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