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Campos Neto admite que expectativas de inflação nos títulos públicos estão em queda

Em palestra virtual durante o evento Blue Connections, em São Paulo, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, informou que as expectativas de inflação, refletidas nos títulos públicos, estão em declínio. Segundo ele, isso demonstra a credibilidade nas medidas adotadas pelo órgão. Campos Neto destacou a meta de fazer a inflação convergir para […]

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Agência Câmara

Em palestra virtual durante o evento Blue Connections, em São Paulo, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, informou que as expectativas de inflação, refletidas nos títulos públicos, estão em declínio.

Segundo ele, isso demonstra a credibilidade nas medidas adotadas pelo órgão. Campos Neto destacou a meta de fazer a inflação convergir para o objetivo estabelecido, visando sustentar o crescimento econômico do país.

“Isso significa que existe credibilidade em relação ao que está sendo feito”, declarou no evento.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi anunciada a redução da taxa Selic de 11,75% para 11,25% ao ano.

O comitê também previu cortes adicionais de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, condicionados à confirmação do cenário econômico esperado.

O foco do Copom está nas projeções para 2024 e 2025, com uma meta de inflação de 3%, permitindo uma variação de até 1,5 ponto percentual.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano anterior em 4,62%, com uma projeção de 3,5% para 2024, conforme anunciado pelo BC.

Campos Neto abordou também a taxa de juros real no Brasil, considerada alta em comparação ao padrão global, mas que já apresentou reduções significativas. Ele mencionou o processo de convergência das taxas brasileiras com as de outros países.

“Há um processo de convergência para outros países”, admitiu.

A disciplina fiscal foi outro tema relevante na sua fala.

O presidente do BC enfatizou a necessidade do governo federal em cumprir a meta de resultado primário, conforme o estabelecido pelo arcabouço fiscal, apesar dos desafios. Ele vinculou essa questão diretamente à política de juros do país.

Por último, Campos Neto comentou sobre a dificuldade em reduzir a inflação global sem uma queda na inflação de serviços, ressaltando a complexidade do cenário inflacionário atual.

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