O Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara dos Deputados formalizou sua saída do bloco parlamentar liderado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), constituído também por partidos como União e PP.
A decisão, conforme explicado pelo líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia (PSB-PB), baseia-se na limitação de espaço para participação em debates no plenário e na apresentação de propostas durante as votações.
Gervásio Maia declarou que a separação do bloco foi oficializada, permitindo ao PSB maior liberdade para aliar-se a outras formações parlamentares. Segundo Maia, permanecer no bloco após o início da segunda sessão legislativa restringiria o partido a formar apenas um subgrupo ou a permanecer isolado.
O líder do PSB também mencionou que o partido não alcançaria a liderança do bloco em 2024, o que diminuiria sua influência em votações importantes e debates legislativos.
“Quando você monta bloco, você deixa nas mãos do líder do bloco a apresentação de destaques e o direito de fala no plenário,” explicou Maia, indicando que a estrutura atual do bloco não favoreceria o PSB na rotação de liderança baseada na proporcionalidade de deputados.
Fontes anônimas apontaram ao jornal O Globo que desentendimentos entre Arthur Lira e o governo federal também influenciaram a decisão do PSB, alegando que Lira tem adotado uma postura reativa em relação ao Executivo e favorecido partidos do Centrão em detrimento de outros.
Entretanto, a decisão não é unânime dentro do partido. O ex-líder do PSB na Câmara, Felipe Carreras (PSB-PE), expressou descontentamento com a saída, sugerindo que a questão deveria ter sido mais amplamente discutida entre os membros da bancada.
“Pelo que sei não tem nada decidido. Sou favorável a manter o partido no bloco,” afirmou Carreras, evidenciando divisões internas quanto à estratégia política adotada.