A Polícia Federal está investigando uma rede de espionagem ilegal que, segundo informações, envolveu a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a inteligência do Exército Brasileiro, operando em favor dos interesses políticos do governo de Jair Bolsonaro.
Reportagem de Rodrigo Rangel para o Metrópoles aponta que altos funcionários da Abin confirmaram a produção de informações sigilosas destinadas ao círculo íntimo do ex-presidente.
Este esquema, conhecido como “Abin paralela”, utilizou o software FirstMile, desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, para monitorar opositores do governo.
A inteligência do Exército, que também teve acesso ao software, está sob investigação pela utilização desses dados, que agora estão sendo analisados pela Polícia Federal.
Oficiais de inteligência revelaram a existência de um núcleo de inteligência militar operando em paralelo à Abin, diretamente vinculado ao gabinete presidencial de Bolsonaro e focado em fornecer informações sensíveis.
Esse grupo seria composto por oficiais do Centro de Inteligência do Exército (CIE), com acesso a diversas ferramentas de monitoramento além do FirstMile.
Até o momento, o Exército Brasileiro não se pronunciou sobre as alegações. A investigação da Polícia Federal continua, com o objetivo de esclarecer as atividades e o alcance desta rede de espionagem dentro do governo anterior.
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