O governo da China anunciou a formação de um consórcio dedicado ao avanço da fusão nuclear controlada, conhecido informalmente como o projeto do “sol artificial”.
Esta iniciativa, que conta com a colaboração entre empresas estatais, institutos de pesquisa, universidades e startups financiadas pelo setor privado, visa explorar a fusão nuclear como uma fonte de energia limpa e inesgotável, replicando o processo pelo qual o sol gera energia.
Anunciado em uma conferência recente, o Consórcio de Inovação em Fusão Nuclear Controlada reúne 25 entidades, incluindo a Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC), e tem como objetivo estabelecer as bases para o desenvolvimento da indústria de fusão nuclear no país.
A ação é parte da Ação de Decolagem da Futura Indústria, lançada pela Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais da China em 2023, que identifica a fusão nuclear controlada como uma direção estratégica para a energia limpa do futuro.
O consórcio será responsável por conduzir pesquisas e desenvolver tecnologias-chave, além de liderar grandes projetos de engenharia nesse campo.
Entre as startups com participação ativa na pesquisa aplicada, a Startorus Fusion se destaca com planos de aquecer um dispositivo esférico a uma temperatura interna de 17 milhões de graus Celsius até o primeiro trimestre de 2025, superando a temperatura central do sol.
A Startorus Fusion, fundada em 2021, recebeu significativo aporte de capital de risco para avançar na comercialização da tecnologia de fusão nuclear, visando o início da geração de energia por esse método até 2032.
A China também contribui para o projeto internacional ITER, que busca demonstrar a viabilidade da fusão nuclear como uma fonte de energia em larga escala e livre de carbono.
Em agosto de 2023, o projeto HL-3 da China alcançou um marco importante, operando com sucesso em um modo de alto confinamento.
A fusão nuclear controlada, diferentemente da fissão nuclear usada em usinas atuais, promete uma fonte de energia mais segura e limpa, com potencial para transformar significativamente o cenário energético global.
Com informações da China Money Network
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