O diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, anunciou que o Brasil planeja elevar sua participação no suprimento global de petróleo para 4% até o ano de 2030, em comparação aos atuais 3%.
Ele prevê que o país manterá essa proporção ao longo da década de 2040.
Para realizar esse cálculo, Birol considera que o Brasil atingirá uma produção de petróleo de aproximadamente 4,5 milhões de barris por dia até o final desta década e início da próxima.
Os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que a produção média de petróleo do Brasil atingiu um recorde de 3,678 milhões de barris por dia em novembro, impulsionada pelo desenvolvimento de áreas significativas do pré-sal.
As expectativas no Brasil são de que a produção doméstica de petróleo continuará a crescer ao longo desta década, especialmente devido ao potencial do pré-sal.
Durante uma coletiva de imprensa em Brasília, após a assinatura do Plano de Trabalho Conjunto com o Brasil para a Aceleração da Transição Energética, Fatih Birol destacou a importância do Brasil como um fornecedor confiável de petróleo para o mundo.
Ele observou que, embora a demanda global por petróleo deva atingir seu pico e diminuir em algum momento no futuro, a dependência desse recurso não desaparecerá da noite para o dia.
“Sabemos que a procura global de petróleo irá em algum momento no futuro atingir o pico e diminuir, mas a procura de petróleo não desaparecerá da noite para o dia”, afirmou.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou durante o evento de assinatura do acordo que a matriz energética brasileira já é altamente renovável.
Ele destacou que o Brasil busca desempenhar um papel de liderança na transição energética global, graças aos esforços da população e às riquezas naturais do país.
“Com o esforço do nosso povo e das riquezas naturais do nosso país, já somos exemplo de como uma matriz energética diversificada, plural, limpa e renovável pode ser construída com sucesso”, declarou.
O governo federal e a indústria de petróleo brasileira têm enfatizado que a maior parte da produção de petróleo do país ocorre em alto mar, com custos e emissões relativamente baixos, o que o coloca em uma posição favorável para permanecer como um importante fornecedor de petróleo durante o processo de transição energética global.