O Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Dias Toffoli, iniciou uma investigação sobre a Transparência Internacional, uma organização global que se declara anticorrupção.
A entidade, conhecida por sua atuação política em causas controversas, é suspeita de envolvimento em práticas questionáveis no Brasil, especialmente em relação à operação Lava Jato.
A investigação foca na possível administração e recebimento de valores oriundos de multas decorrentes de acordos judiciais pela ONG, em parceria com membros da Lava Jato.
Essas multas, aplicadas por autoridades dos Estados Unidos a empresas brasileiras como Petrobras e Odebrecht, teriam sido geridas por fundações de direito privado controladas pelos próprios membros da operação e a Transparência Internacional.
O histórico de interações da ONG com figuras centrais do judiciário brasileiro e da Lava Jato, incluindo reuniões em 2016 com o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, também está sob escrutínio.
Essas interações ganharam notoriedade após a divulgação de conversas pela Vaza Jato, evidenciando uma relação próxima entre a ONG e líderes da Lava Jato.
Vale lembrar que a Transparência Internacional foi criticada por apoiar medidas consideradas antidemocráticas, incluindo a prisão do presidente Lula, que a organização defendeu como necessária para a continuidade da Lava Jato, apesar de alegações de ilegalidades processuais.
Adicionalmente, a ONG é acusada de atacar o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff com acusações não comprovadas de “pedaladas fiscais”, posição contrariada por uma análise técnica do Senado Federal em 2016.
A investigação do STF visa esclarecer a extensão da influência e das ações da Transparência Internacional no cenário político e judiciário brasileiro, bem como sua conformidade com as leis nacionais e internacionais.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!