Desde que o escândalo da Abin paralela do governo bolsonaro foi revelado, surgiram questionamentos sobre quem seriam os alvos dos monitoramentos com o programa israelense First Mile que consegue acompanhar a localização de aparelhos celulares.
O presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD), já entrou com um pedido para saber quem são os nomes dos monitorados, assim como outros setores da sociedade também já exigiram a revelação dos nomes.
Acontece que essa não é uma tarefa simples. A começar pelo fato de que os monitoramentos ilegais geraram mais de 30 mil registros de aproximadamente 1000 pessoas diferentes. A partir disso, é necessário identificar de quem são os números monitorado. Segundo fontes na Polícia Federal, os registros gerados pelo programa espião não estão com o nome dos alvos, mas sim com os números de telefone (ex: +5511999999999). Por isso é necessário notificar as operadoras de telefonia para que ajudem na identificação.
Além disso, o jurídico das operadoras pode solicitar mais motivos para fornecer os dados solicitados, sem falar que são diferentes operadoras, logo, diferentes times jurídicos para a Polícia Federal e a justiça lidarem. Não é uma investigação simples.
Sem falar que ainda é preciso fazer um levantamento dos monitoramentos, com o momentos político-social daquele monitoramento e também a frequência de registros gerados. Sem falar que a situação toda está lidando com o aspecto privado de centenas de cidadãos e a divulgação de informações imprecisas ou equivocadas pode gerar constrangimentos ou derrubar reputações.
Logo, mesmas fontes afirmam que ainda estão neste trabalho de identificação dos monitorados e que talvez o caminho mais simples, seja através dos logs de impressão revelados pela Controladoria-geral da União (CGU) que podem revelar algumas informações como, por exemplo, a promotora Simone Sibilio, que acompanhou o caso dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Porém, são apenas algumas informações que podem constar lá e não a totalidade dos dados gerados pela ferramenta.
carlos
08/02/2024 - 08h00
Quantas pessoas comuns esse meliante nao espionou,vagabundo ,fazendo com o cidadao comum nao tenha sua privacidade preservada, o povo tem o direito de saber.
Saulo
05/02/2024 - 20h25
Não existe nenhuma ABIN paralela, é mais uma invenção da imprensa para explorar a inteligência paralela e perpendicular dos brasiliotas.