Menu

Onde estão nomes dos monitorados pela ABIN paralela?

Desde que o escândalo da Abin paralela do governo bolsonaro foi revelado, surgiram questionamentos sobre quem seriam os alvos dos monitoramentos com o programa israelense First Mile que consegue acompanhar a localização de aparelhos celulares. O presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD), já entrou com um pedido para saber quem são os nomes dos monitorados, […]

2 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Alexandre Ramagem (na foto) ainda dá as cartas na Abin? Crédito: Agência Senado.

Desde que o escândalo da Abin paralela do governo bolsonaro foi revelado, surgiram questionamentos sobre quem seriam os alvos dos monitoramentos com o programa israelense First Mile que consegue acompanhar a localização de aparelhos celulares.

O presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD), já entrou com um pedido para saber quem são os nomes dos monitorados, assim como outros setores da sociedade também já exigiram a revelação dos nomes.

Acontece que essa não é uma tarefa simples. A começar pelo fato de que os monitoramentos ilegais geraram mais de 30 mil registros de aproximadamente 1000 pessoas diferentes. A partir disso, é necessário identificar de quem são os números monitorado. Segundo fontes na Polícia Federal, os registros gerados pelo programa espião não estão com o nome dos alvos, mas sim com os números de telefone (ex: +5511999999999). Por isso é necessário notificar as operadoras de telefonia para que ajudem na identificação.

Além disso, o jurídico das operadoras pode solicitar mais motivos para fornecer os dados solicitados, sem falar que são diferentes operadoras, logo, diferentes times jurídicos para a Polícia Federal e a justiça lidarem. Não é uma investigação simples.

Sem falar que ainda é preciso fazer um levantamento dos monitoramentos, com o momentos político-social daquele monitoramento e também a frequência de registros gerados. Sem falar que a situação toda está lidando com o aspecto privado de centenas de cidadãos e a divulgação de informações imprecisas ou equivocadas pode gerar constrangimentos ou derrubar reputações.

Logo, mesmas fontes afirmam que ainda estão neste trabalho de identificação dos monitorados e que talvez o caminho mais simples, seja através dos logs de impressão revelados pela Controladoria-geral da União (CGU) que podem revelar algumas informações como, por exemplo, a promotora Simone Sibilio, que acompanhou o caso dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Porém, são apenas algumas informações que podem constar lá e não a totalidade dos dados gerados pela ferramenta.

Apoie o Cafezinho

Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

carlos

08/02/2024 - 08h00

Quantas pessoas comuns esse meliante nao espionou,vagabundo ,fazendo com o cidadao comum nao tenha sua privacidade preservada, o povo tem o direito de saber.

Saulo

05/02/2024 - 20h25

Não existe nenhuma ABIN paralela, é mais uma invenção da imprensa para explorar a inteligência paralela e perpendicular dos brasiliotas.


Leia mais

Recentes

Recentes