A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou que o Brasil atingiu um patamar recorde na produção de energia limpa em 2023, com 93,1% de sua geração total proveniente de fontes renováveis, totalizando 70.206 megawatts médios (MWm). Este avanço destaca o papel fundamental das usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa na composição da matriz energética do país.
O relatório aponta que as hidrelétricas mantêm sua posição como a principal fonte de energia, contribuindo com aproximadamente 58% da capacidade instalada nacional.
Estas usinas forneceram quase 50 mil MWm ao Sistema Interligado Nacional (SIN), um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior, beneficiadas por níveis satisfatórios de reservatório que prometem estabilidade para o período seco de 2024.
O crescimento também foi impulsionado pelas energias eólica e solar, que juntas adicionaram cerca de 13 mil MWm à produção nacional, um crescimento de 23,8% frente a 2022. A capacidade instalada dessas fontes excedeu 42,6 mil MW, graças às condições climáticas favoráveis e à incorporação de novas usinas ao SIN.
A energia proveniente da biomassa, especialmente do bagaço da cana-de-açúcar, viu um aumento de 9,6%, alcançando 3.218 megawatts. Este incremento reflete o comprometimento do Brasil com a diversificação de suas fontes energéticas e a redução da dependência de fontes fósseis.
Além disso, o setor de micro e minigeração distribuída experimentou um salto significativo, com a capacidade instalada de painéis solares em ambientes residenciais e comerciais crescendo 42,5%, de 18.120 MW em dezembro de 2022 para 25.818 MW no final de 2023.
Este segmento gerou 4.140 megawatts médios no ano, um aumento de 63,9% em relação a 2022, com destaque para a contribuição de estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Esses números reforçam a posição do Brasil como líder global em energia limpa e renovável, além de evidenciar o potencial crescente do país na adoção de tecnologias sustentáveis e inovadoras para a geração de energia.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!