O exército israelense realizou ataques aéreos significativos na cidade de Rafah, localizada no extremo sul da Faixa de Gaza, em meio a esforços para negociar uma nova trégua na região.
Rafah, adjacente ao Egito, abriga mais de um milhão de palestinos deslocados pelos conflitos. Apesar das discussões em andamento para um cessar-fogo, a cidade enfrentou forte ofensiva militar.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, sob administração do Hamas, 14 pessoas foram mortas em ataques direcionados a edifícios residenciais no leste de Rafah.
Esta ação militar acontece após semanas de confrontos concentrados na cidade de Khan Younis, com Israel indicando a localização de líderes do Hamas na área.
Com a escalada dos combates, milhares de residentes buscaram refúgio em Rafah, exacerbando a situação humanitária já crítica na região.
A ONU reporta que 1,3 milhão dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza estão em condições de superlotação.
Esforços para uma nova trégua
As negociações para um cessar-fogo, envolvendo Estados Unidos, Catar, Egito e Israel, estão em curso, com propostas para uma trégua de seis semanas e trocas de prisioneiros.
O Catar indicou que Israel concordou com a proposta, mas o Hamas ainda não confirmou a aceitação dos termos.
Israel mantém a posição de não encerrar sua ofensiva até que o Hamas seja neutralizado e todos os reféns liberados.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirma o compromisso israelense em continuar a ação militar até atingir seus objetivos.
Contexto internacional e visitas diplomáticas
A região prepara-se para a visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que incluirá paradas em Catar, Egito, Israel, Cisjordânia e Arábia Saudita.
Esta turnê visa promover a libertação dos reféns e uma pausa humanitária no conflito.
Paralelamente, a tensão na região foi agravada por bombardeios dos EUA contra forças pró-Irã, em retaliação à morte de soldados americanos, aumentando as complexidades do cenário geopolítico no Oriente Médio.
A situação em Gaza destaca o profundo impasse entre Israel e o Hamas, além de refletir as tensões mais amplas envolvendo os Estados Unidos e seus aliados contra o chamado “eixo de resistência” no Oriente Médio.