Maior estatal petroleira do mundo aprofunda laços com a China

Sinalização acima do estande da Saudi Aramco na Exposição e Conferência Internacional de Petróleo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em 3 de outubro de 2023. Christopher Pike/Bloomberg/Getty Images


A gigante energética saudita Aramco, a maior empresa integrada de petróleo e gás do mundo, está planejando aumentar seu investimento em seu parceiro chinês, à medida que expande sua presença no país.

Aramco está em negociações com a Rongsheng Petrochemical para adquirir uma participação máxima de 50% na subsidiária desta, a Ningbo Chongjin Petrochemical, conforme comunicado da empresa chinesa na quarta-feira à Bolsa de Valores de Shenzhen.

A Rongsheng, uma refinadora de propriedade privada com sede em Hangzhou, disse que também está discutindo a possibilidade de adquirir uma participação de 50% na Saudi Aramco Jubail Refinery Company, a unidade de refino da empresa saudita, citando um memorando de entendimento assinado pelas duas partes no dia anterior.

As empresas também poderiam modernizar e expandir em conjunto o equipamento da subsidiária chinesa e construir o projeto Rongsheng New Materials (Zhoushan), afirmou a Rongsheng.

O projeto produzirá petroquímicos de alto desempenho, como plásticos de engenharia, poliésteres especiais e resinas de alta qualidade que podem ser usados em dispositivos eletrônicos e semicondutores, informou a empresa.

A Arábia Saudita fortaleceu significativamente seus laços energéticos com a China desde o ano passado.

Em março, a Aramco concordou em adquirir uma participação de 10% na Rongsheng por 24,6 bilhões de yuans (US$ 3,5 bilhões). Como parte do acordo, forneceria 480.000 barris por dia de petróleo bruto à empresa chinesa.

A China também buscou expandir sua presença no país do Oriente Médio.

A Sinopec, a gigante estatal de refino, tem uma joint venture com a Aramco que opera um projeto de refinaria na cidade industrial de Yanbu, na Arábia Saudita. A Yanbu Aramco Sinopec Refining Company, em operação desde 2016, utiliza 400.000 barris por dia de petróleo bruto pesado árabe para produzir combustíveis premium para transporte, de acordo com a empresa.

No mês passado, Hong Kong recebeu com pompa elites sauditas em uma conferência de investimento. E em fevereiro de 2023, o chefe executivo da cidade, John Lee, viajou para Riad, onde se encontrou com o CEO da Aramco e flutuou a ideia de uma listagem secundária em Hong Kong, segundo comunicado do governo.

A Aramco abriu seu capital em Riad em 2019, em um dos maiores IPOs de todos os tempos.

Por Laura He, para a CNN

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