O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, apresentou a nova concepção do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF).
Neste contexto, o engenheiro agrônomo Fernando Carvalho Oliveira avaliou que o uso de adubos orgânicos pode desempenhar um papel crucial na realização do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF).
De acordo com Oliveira, esses adubos orgânicos não apenas aprimoram as propriedades do solo, mas também possibilitam um aumento significativo na produtividade agrícola.
Oliveira ressalta que a combinação dos adubos orgânicos com fertilizantes minerais pode potencialmente reduzir o uso destes últimos em até 50%.
Esta redução é particularmente relevante considerando que o Brasil importa aproximadamente 87% dos fertilizantes minerais que utiliza, o que representa um custo anual de 25 bilhões de dólares.
“Além disso, o que é muito importante, se administrado conjuntamente, pode complementar/reduzir em até 50% o uso de fertilizantes minerais, dos quais o Brasil importa cerca de 87% do total que utiliza, ao custo elevadíssimo de US$ 25 bilhões anuais”, declarou ao Canal Rural.
A meta estabelecida pelo plano do governo é que até 2050, a produção nacional de fertilizantes atenda a cerca de metade da demanda do país.
Este objetivo é ainda mais crítico no contexto atual de conflitos globais, especialmente em países produtores de fertilizantes minerais como Ucrânia, Rússia e Israel.
Vale lembrar que os adubos orgânicos são aplicáveis em uma variedade de culturas, como café, cana-de-açúcar, grãos, citros, frutíferas, florestas de eucalipto, hortaliças, tubérculos, pastagens, além de parques, jardins e plantas ornamentais.