O Ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), anunciou na última terça-feira, 30, a previsão de realizar entre 12 e 13 leilões de infraestrutura ainda neste ano, superando a média anual dos últimos 25 anos, que foi de apenas um leilão por ano.
Esta declaração ocorreu após uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou a concessão de diversas rodovias do Paraná, todas leiloadas em 2023.
Renan Filho destacou a inclusão de estradas federais e estaduais no pacote de concessões, um modelo que o governo pretende replicar em outros estados, incluindo Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
“Eu estou com a ideia de fazer 12 ou 13 leilões [de infraestrutura] neste ano. Temos já nove leilões na agenda e esperamos fazer mais”, afirmou durante evento com o presidente Lula no Palácio do Planalto.
As concessões recentes, que beneficiam o Paraná, envolvem investimentos da ordem de R$ 19 bilhões em mais de mil quilômetros de estradas. A soma de investimentos e serviços operacionais eleva o valor total para R$ 30,4 bilhões.
Estes investimentos incluem intervenções como duplicações e a implantação de terceiras faixas, além de melhorias na segurança viária.
Os trechos rodoviários concedidos serão administrados pela Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A., sob o nome Via Araucária, e pelo Consórcio Infraestrutura PR, conhecido como EPR Litoral Pioneiro.
Além disso, o Ministro dos Transportes ressaltou a importância do investimento do Fundo Soberano da Arábia Saudita nas concessões do Paraná, marcando a primeira vez que este fundo investe no Brasil.
O plano faz parte do “Novo PAC”, uma versão atualizada do Programa de Aceleração do Crescimento, que promete tarifas de pedágio mais justas e descontos médios de 40% em relação aos valores anteriores.
Os lotes de concessão incluem a construção de novas estruturas, como pontes, trevos e viadutos, além de melhorias nas estruturas existentes.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD-PR), também presente na cerimônia, mencionou a análise de outros dois lotes de estradas para concessão pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
“Queremos consolidar o Paraná como central logística da América do Sul”, disse Ratinho Júnior.