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First Mile não era bem visto por servidores da ABIN

Diante da crise envolvendo o monitoramento ilegal de opositores do governo Jair Bolsonaro através de recursos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), ainda existem muitas dúvidas a serem sanadas, inclusive qual era a posição da agência em relação ao programa espião. O programa espião, First Mile, usado para monitorar a localização de aparelhos telefônicos foi […]

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Abin, Agência Brasileira de Inteligência — Foto: Jornal Nacional

Diante da crise envolvendo o monitoramento ilegal de opositores do governo Jair Bolsonaro através de recursos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), ainda existem muitas dúvidas a serem sanadas, inclusive qual era a posição da agência em relação ao programa espião.

O programa espião, First Mile, usado para monitorar a localização de aparelhos telefônicos foi comprado com parecer da AGU e junto com outras agências ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, artífice do retorno dos militares para a política.

Segundo fontes na agência, até o final de 2018 havia todo um protocolo pra submeter as pesquisas, tudo era registrado, após a mudança de governo para o de Jair Bolsonaro esses controles foram sendo enfraquecidos e então passaram a ocorrer os desvios de finalidade que hoje são investigados pela polícia federal.

Além disso, o programa de monitoramento sempre foi considerado pelos servidores como uma ferramenta limitada, que não atendia as necessidades dos servidores.

Essa má impressão também foi pelo novo diretor adjunto da ABIN, Marco Cepik, que durante uma entrevista para a Globo News, alegando que a ferramenta era “extremamente problemática”.

Um dos motivos para a ferramenta ser problemática e mal vista pelos servidores de carreira seria o fato dela não passar despercebida, todos os serviços de telefonia que foram alvo da ferramenta, embora não tenham informado a ANATEL, detectaram as invasões. Outro problema era também a exposição dos dados captados pela agência brasileira que ficariam disponíveis em outro país, no caso Israel.

Porém, ao que tudo indica, embora a ferramenta não fosse realmente útil para os serviços oficiais de inteligência, parece que foi de muita serventia para os serviços de monitoramento clandestinos e ilegais hoje investigados pela PF.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Comentários

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carlos

01/02/2024 - 18h41

A culpa é de outro bandido, que foi o autor do projeto para o futuro, michel temer que é vagabundo igualzinho ao bandido bolsonaro e seus filhos tudo bandido, mas micheĺ temer tem que ser processado.

Zulu

31/01/2024 - 18h12

A ferramenta foi auditada e validada pela corregedoria da ABIN o resto são opiniões pessoais que não valem nada.


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