O preço do diesel no Brasil apresenta uma defasagem média de 11% em relação ao mercado internacional, podendo resultar em um acréscimo de R$ 0,45 por litro.
Este dado foi apontado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). A associação também indica que, nas refinarias da Petrobras, a diferença alcança 13%, sugerindo uma possível elevação de R$ 0,50 por litro.
A Abicom reporta que as janelas de importação para o diesel estão fechadas há 34 dias e para a gasolina, há 13 dias.
“Apesar da estabilidade no câmbio, os preços de referência da gasolina e do óleo diesel apresentaram valorização no mercado internacional no fechamento de sexta. O cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, informou a Abicom em seu boletim diário.
A Acelen, refinaria privada que possui 14% do mercado de combustíveis no Brasil, aumentou o preço do diesel em R$ 0,08 por litro na última quarta-feira.
Contudo, os preços ainda estão 9% abaixo dos praticados no Golfo do México, região de referência para os importadores brasileiros. O último reajuste do diesel pela Petrobras ocorreu há 34 dias, conforme destacado pela Abicom.
No caso da gasolina, não houve reajustes nas refinarias da Petrobras nos últimos 101 dias. O produto manteve-se alinhado ou até superior ao mercado internacional por várias semanas.
Com o aumento do preço do petróleo, a gasolina também teve alta no Golfo.
Atualmente, está sendo negociada no Brasil com um preço 7% inferior. Nas refinarias da Petrobras, essa diferença é de 8%, o que poderia levar a um aumento de R$ 0,23 por litro, segundo a Abicom.
A Petrobras abandonou a política de paridade de importação (PPI) em maio, adotando uma nova estratégia comercial que prioriza o melhor preço e oportunidade. Já a Acelen pratica reajustes semanais.
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