Em 2023, o Brasil registrou uma redução brutal nas importações de combustíveis, um movimento alinhado ao crescimento da produção interna, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal.
O país importou 8,8% menos diesel em comparação a 2022, totalizando 14,71 bilhões de litros, ainda o segundo maior volume na série histórica.
As importações de gasolina também caíram, com uma redução de 8,2%, correspondendo a 4,16 bilhões de litros.
Esse declínio nas importações reflete um aumento na produção de diesel A pelas refinarias nacionais, principalmente da Petrobras.
A mudança de março de 2023, onde o governo elevou a mistura de biodiesel no diesel de 10% para 12%, também impactou o mercado de diesel, segundo especialistas do setor.
Já os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelam um salto de aproximadamente 4,5% nas vendas de etanol hidratado em 2023 em relação a 2022, marcando uma recuperação após três anos em queda.
A Aprobio, representando os produtores de biocombustíveis, reporta que foram entregues às distribuidoras 7,34 bilhões de litros de biodiesel em 2023, um volume recorde e 20% maior que em 2022.
Por sua vez, a Petrobras confirma a tendência de aumento da produção interna, com recordes na produção de diesel S-10 e alta utilização de suas refinarias.
Por outro lado, em 2023, a Rússia emergiu como o principal fornecedor de diesel ao Brasil, ultrapassando os Estados Unidos. As vendas de combustíveis no país também cresceram no último ano, com recordes no consumo de diesel B e aumento nas vendas de gasolina C.
Ligeiro
31/01/2024 - 01h28
Um dos males da dependência de combustíveis fósseis é como lidar com o labirinto geopolítico envolvido. Em um universo ideal, teríamos uma menor redução do consumo de diesel aliado a mudança nas fontes de consumo para movimentação de veículos e maquinários.
Não é um caminho fácil, mas precisa ser sempre posto em vista.