PF suspeita que Carluxo recebia os materiais da espionagem de Bolsonaro na Abin

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A Polícia Federal (PF) deu início a uma nova operação nesta segunda-feira, 29, relacionada ao alegado esquema de espionagem ilegal conduzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) estava à frente do órgão.

Os mandados cumpridos nesta segunda-feira têm como alvo o “núcleo político” de Ramagem, incluindo aliados tanto da época em que ele comandava a Abin quanto do seu atual mandato como deputado federal.

Um dos principais alvos da operação é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro, que está sendo submetido a mandados de busca e apreensão, inclusive em seu gabinete na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

Segundo informações de Camila Bomfim, do G1, a suspeita é de que Carlos Bolsonaro era o destinatário de “materiais” obtidos ilegalmente pela Abin.

As investigações da PF, que já perduram por meses, visam esclarecer se a Abin foi “instrumentalizada” para monitorar ilegalmente diversas autoridades, incluindo figuras públicas e pessoas comuns envolvidas em investigações, além de desafetos de Jair Bolsonaro.

Na semana passada, Alexandre Ramagem já havia sido alvo de buscas, resultando na apreensão de quatro computadores, seis celulares e 20 pendrives em seus endereços. Entre os itens confiscados, destacam-se um notebook e um celular pertencentes à Abin.

As investigações indicam que os crimes em questão envolvem o uso indevido do software “First Mile”, uma ferramenta de geolocalização que permite identificar as movimentações de pessoas por meio de seus dispositivos celulares, sem autorização judicial.

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