O Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão e Estados Unidos anunciaram a suspensão da colaboração econômica com esta agência da ONU
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, anunciou que Espanha manterá o financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), no centro da tempestade depois de se saber que alguns dos seus trabalhadores participaram no ataque terrorista do Hamas contra Israel.
“Não modificaremos a nossa relação com a UNRWA, embora estejamos acompanhando de perto a investigação interna e os resultados que ela pode produzir devido às ações de uma dúzia das cerca de 30 mil pessoas” que trabalham para esta agência da ONU, sublinhou Albares.
O Governo fez contribuições voluntárias para a UNRWA no valor de 18,5 milhões de euros em 2023, incluindo 10 milhões de euros aprovados em dezembro passado, na sequência da decisão de triplicar a cooperação e a ajuda humanitária à Palestina.
Isto foi afirmado durante a sua aparição perante a Comissão Estrangeira do Congresso dos Deputados, depois de a UNRWA ter anunciado na sexta-feira a expulsão e a abertura de uma investigação imediata de vários membros da organização pela sua alegada participação no ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro.
Pouco depois, os Estados Unidos anunciaram que suspendiam o financiamento a esta agência da ONU, medida que outros países como Reino Unido, Canadá, Austrália e Japão também deram no fim de semana. Dentro da UE, tem havido divisão entre parceiros.
Assim, países como a Itália, os Países Baixos e a Alemanha anunciaram que não contribuirão com mais fundos para a UNRWA, enquanto a França disse que não o fará neste momento, embora não tenha planejado qualquer desembolso em breve. Em contrapartida, a Irlanda deixou claro que não tem intenção de parar de financiar esta agência da ONU.
Na Espanha, os parceiros governamentais defenderam que o financiamento da UNRWA não fosse interrompido. Na opinião de Sumar, a decisão de “cortar o financiamento” de alguns países constitui “um ataque à humanidade”.
“Diante desta punição coletiva”, os de Yolanda Díaz deixaram claro no X, antigo Twitter, que pressionarão “para que o nosso país aumente a sua contribuição para uma organização essencial para o povo palestino”.
A líder do Podemos, Ione Belarra, falou na mesma linha. Na sua opinião, a decisão dos Estados Unidos e de vários países europeus “é um castigo intolerável num momento de máxima fragilidade humanitária em Gaza”. “Não podemos ficar impassíveis face a esta atrocidade”, defendeu na referida rede social, alegando que Espanha “deve ser um exemplo e deve aumentar estes fundos”.
Publicado originalmente no El Día de La Rioja em 29/01/2024
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