A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, publicou hoje, em suas redes, uma dura resposta aos ataques neoliberais ao programa econômico do presidente Lula:
“A uniformidade editorial dos grandes jornais brasileiros, como O Globo, Estadão e Folha, é uma clara demonstração de que o presidente Lula está no caminho certo ao adotar políticas que estimulam o crescimento econômico. Esse alinhamento revela uma resposta reflexiva dos proprietários desses jornais e seus aliados nas elites tradicionais, que historicamente se beneficiam da desigualdade social e da concentração de renda.
Esses grupos, acostumados a dominar o estado e a moldá-lo conforme seus interesses, entram em estado de alerta ao se depararem com propostas de investimento público, desenvolvimento econômico, geração de emprego e melhoria da renda dos trabalhadores. Eles veem essas iniciativas como ameaças ao status quo que sempre favoreceu seus privilégios.
É essencial recordar que a mesma resistência foi observada contra a Lei do Petróleo, que instituiu a Petrobrás e o monopólio estatal do petróleo. Essa legislação possibilitou a criação da maior empresa do Brasil, construída com recursos públicos, que recentemente alcançou um valor de mercado recorde de mais de 500 bilhões. E não podemos esquecer da reação negativa quando Getúlio Vargas criou o BNDES em 1952; em menos de um ano, já havia pedidos de CPI. O mesmo BNDES que hoje é criticado por financiar a modernização e recuperação da indústria nacional.
Empresas como a Suzano, por exemplo, devem muito de seu sucesso aos investimentos e empréstimos recebidos do BNDES ao longo de sua história. E o que dizer das empresas que os grandes jornais defendem, pleiteando desonerações e benefícios fiscais?
A cobertura e o debate econômico na grande mídia brasileira são lamentáveis, especialmente no que diz respeito ao público em geral. Apesar do fracasso retumbante das políticas neoliberais, de Pedro Malan e Armínio Fraga a Paulo Guedes e Campos Neto, a mídia continua a defender um estado mínimo e políticas de austeridade fiscal com um fervor quase religioso. Essa postura está ultrapassada tanto na teoria quanto na prática em todo o mundo. Esses grupos parecem não ter aprendido ou lido nada nos últimos 30 anos, mas insistem em cobrar uma autocrítica do PT e de Lula.
Essa postura não é resultado de mera ignorância. É uma questão de interesse. Os grupos que controlam a grande mídia têm muito a perder com políticas que promovam uma distribuição mais justa de renda e oportunidades. Eles preferem manter um sistema que perpetue as desigualdades, garantindo assim sua posição privilegiada na sociedade.
O desafio para o Brasil é superar essas barreiras conservadoras e continuar a trilhar um caminho de crescimento econômico inclusivo e sustentável, que beneficie toda a população, e não apenas uma elite restrita.”
Artigo publicado por Gleise Hoffmann em seu twitter