Após um diálogo extenso entre o governo e o setor produtivo, o Brasil avança significativamente em direção à neoindustrialização. Nesta segunda-feira (22), o texto da Nova Indústria Brasil (NIB), uma política industrial inovadora, foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O objetivo é impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033, focando em sustentabilidade e inovação.
Esta política tem como meta melhorar a vida diária das pessoas, fomentar o desenvolvimento produtivo e tecnológico, aumentar a competitividade da indústria brasileira, orientar investimentos, oferecer melhores empregos e fortalecer a presença do Brasil no mercado global.
Para isso, serão destinados R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026. Isso inclui os R$ 106 bilhões já anunciados na primeira reunião do CNDI, em julho, e outros R$ 194 bilhões adicionais, provenientes de várias fontes, para apoiar o financiamento das prioridades da NIB.
O plano da Nova Indústria Brasil estabelece metas específicas para cada uma das seis missões que guiam os esforços até 2033. Essas metas, parte do Plano de Ação 2024-2026, serão avaliadas pelo CNDI nos próximos 90 dias. Para alcançá-las, foram identificadas áreas de investimento prioritárias e um conjunto de ações envolvendo todos os ministérios membros do CNDI e o setor produtivo nacional.
A política visa combater a desindustrialização precoce do país, utilizando diversos instrumentos do Estado, como linhas de crédito especiais, recursos não-reembolsáveis, medidas regulatórias e de propriedade intelectual, além de políticas de obras e compras públicas com incentivos ao conteúdo local, incentivando o setor produtivo e promovendo o desenvolvimento nacional.
Adicionalmente, a política adota novos mecanismos de financiamento, como a linha de crédito de desenvolvimento (LCD), e um conjunto de novas políticas – incluindo o mercado regulado de carbono e a taxonomia verde – para se adaptar ao cenário global emergente, marcado pela corrida pela transformação ecológica e o domínio tecnológico.
Junto com a política, o CNDI apresentou o plano de ação para 2024-2026, destacando as áreas estratégicas prioritárias para a aplicação dos recursos nos próximos dois anos.
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