Em uma entrevista recente ao site Brasil 247, o professor e filósofo Alysson Mascaro abordou aspectos críticos do desenvolvimento industrial brasileiro.
Mascaro destacou que, sem uma ruptura com a financeirização, os esforços de industrialização no Brasil poderiam ser insustentáveis, descrevendo-os como um “voo de galinha”.
Ele discutiu a situação estrutural do país, apontando que as políticas progressistas estão em impasse devido à influência da burguesia e do imperialismo, comuns a todas as nações.
Mascaro identificou a privatização e a financeirização como os principais marcos do retrocesso no Brasil.
Segundo ele, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não está abordando sistematicamente esses problemas, essenciais para uma transformação industrial verdadeira.
“Nada disso está sendo tocado pelo governo Lula, a não ser de forma pontual”, disse Mascaro, criticando a falta de uma estratégia compreensiva para lidar com esses desafios.
Mascaro enfatizou a necessidade de superar a financeirização para alcançar uma industrialização efetiva e sustentável. Ele argumentou que, sem esse rompimento, os esforços de desenvolvimento industrial seriam seriamente comprometidos.
As declarações de Mascaro ocorrem no contexto do anúncio do plano da Nova Indústria Brasil (NIB) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O plano propõe investir R$ 300 bilhões até 2026, visando a neoindustrialização do país com foco em sustentabilidade e inovação.
Na apresentação do plano, o presidente Lula ressaltou a necessidade de uma política industrial robusta e inovadora para o Brasil.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Geraldo Alckmin, destacou que a NIB prioriza pesquisa, tecnologia e responsabilidade social e ambiental, delineando missões que vão desde o fortalecimento das cadeias agroindustriais até a promoção da bioeconomia e descarbonização.