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China quer injetar bilhões de dólares em mineração na Bahia e Minas Gerais

A relação entre Brasil e China vem se fortalecendo, com evidências claras nos dados comerciais recentes. Recentemente, foi revelado que Pequim teve uma participação recorde nas exportações do agronegócio brasileiro em 2023. Além disso, a parceria comercial entre os dois países está se expandindo para o setor de mineração, com previsões de investimentos de pelo […]

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A relação entre Brasil e China vem se fortalecendo, com evidências claras nos dados comerciais recentes. Recentemente, foi revelado que Pequim teve uma participação recorde nas exportações do agronegócio brasileiro em 2023.

Além disso, a parceria comercial entre os dois países está se expandindo para o setor de mineração, com previsões de investimentos de pelo menos US$ 3,5 bilhões (R$ 17,4 bilhões) por empresas chinesas nas regiões norte de Minas Gerais e sul da Bahia.

De 2007 a 2022, os chineses investiram US$ 4,4 bilhões (R$ 21,8 bilhões) no setor de mineração, representando 6,2% do total de investimentos da China no Brasil durante esse período, de acordo com Gustavo Biscassi, diretor do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Esse valor equivale ao percentual recebido pela indústria manufatureira.

O interesse chinês não se limita apenas ao lítio brasileiro, pois o nióbio também tem despertado o entusiasmo das empresas chinesas.

A BYD, empresa chinesa, planeja investir R$ 3 bilhões na construção de três fábricas na Bahia, incluindo uma unidade de processamento de fosfato de lítio e ferro para o mercado internacional.

Além do minério de ferro, que é o principal componente do aço e do qual a China é o maior produtor global, o níquel e o cobre também têm uma demanda significativa na China.

“São dois metais essenciais para diversas tecnologias que dão suporte à transição para uma economia de baixo carbono. As baterias de alto desempenho têm teor crescente de níquel, e as indústrias de turbinas eólicas e painéis solares, essenciais para a descarbonização da produção de energia elétrica, requerem quantidades significativas de cobre”, afirmou Biscassi ao jornal O Globo.

Essa movimentação evidencia uma abordagem de negociação chinesa mais estratégica, com investimentos concentrados em setores estratégicos na América Latina e no Caribe, deixando de lado os projetos de infraestrutura dispendiosos que eram mais comuns no passado.

Segundo análises, o investimento chinês em setores estratégicos na América Latina pode apresentar desafios para os Estados Unidos.

Além disso, a Rússia também está intensificando seu envolvimento comercial com o Brasil, tornando-se o terceiro maior exportador de petróleo para o país sul-americano no ano passado.

Essa crescente relação comercial entre nações do Sul Global reflete uma busca por soberania e autonomia em suas relações internacionais.

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