Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e atual assessor especial da Presidência da República, abordou questões de política internacional em uma entrevista ao Valor Econômico.
Durante a entrevista, Amorim fez observações sobre a agenda internacional e as próximas atividades do presidente Lula (PT).
Em relação à agenda internacional do presidente Lula, Amorim destacou que apesar das eleições municipais no Brasil e da promessa de uma agenda mais voltada para assuntos nacionais em 2024, questões internacionais ainda requerem atenção.
Ele mencionou as próximas viagens de Lula, que incluem visitas à Etiópia e ao Egito, onde a situação na Faixa de Gaza será discutida.
Amorim também mencionou a posição do Brasil na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em relação às acusações contra Israel pelo genocídio contra os palestinos.
Sobre a questão da disputa territorial entre Venezuela e Guiana por Essequibo, Amorim enfatizou a necessidade de uma solução regional, sem interferência de países do hemisfério Norte, como Estados Unidos, Reino Unido e China.
Ele destacou que a resolução deve ser buscada na América Latina e no Caribe, sem interferências externas.
Amorim também compartilhou a intenção da política externa brasileira de fortalecer o grupo BRICS e considerar a inclusão de outro país sul-americano ou latino-americano no bloco, após o governo argentino recusar essa oportunidade.
Ele expressou sua preocupação com a decisão da Argentina de não se juntar ao BRICS, enfatizando a importância do bloco, que inclui China e Índia, e sugeriu que a inclusão de outro país da América do Sul ou América Latina no BRICS poderia ser benéfica.
Amorim não mencionou especificamente qual país poderia ser incluído no BRICS, mas destacou a relevância do grupo como um polo significativo no cenário internacional.
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