O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu nesta segunda-feira, 22, o prazo do inquérito que investiga a atuação de milícias digitais nas redes sociais, disseminando desinformação contra a democracia e as instituições brasileiras durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com a decisão, a Polícia Federal (PF) terá mais 90 dias para concluir suas investigações, conforme solicitado pelos delegados encarregados do caso. Em setembro do ano passado, Moraes já havia prorrogado o inquérito pelo mesmo período.
O inquérito, instaurado por ordem de Alexandre de Moraes, examina “fortes indícios” da atuação de uma organização criminosa com o intuito de minar a democracia e o estado democrático de direito.
Em outubro de 2023, Moraes incluiu o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nas investigações.
O relatório marcou o encerramento dos trabalhos da comissão e resultou no indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O material consiste em 1,3 mil páginas e 7 terabytes de dados digitais, englobando imagens, vídeos e diversos documentos que fundamentaram os indiciamentos.
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