A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação sobre atividades de espionagem ilegal que ocorreram na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Esta investigação descobriu que o grupo criminoso envolvido no caso focou suas ações no ex-governador do Ceará e atual Ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
De acordo com os detalhes da investigação, o grupo utilizou drones para monitorar de forma ilegal a residência de Camilo Santana. Este incidente está ligado a eventos que ocorreram em 2021, quando o atual presidente Lula (PL) e a primeira-dama, Janja, visitaram a casa de Camilo Santana.
A visita atraiu atenção significativa, especialmente por uma fotografia tirada durante o encontro.
Um trecho da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação da PF contra o grupo criminoso, menciona a conduta de Paulo Magno, gestor do sistema First Mile, flagrado pilotando um drone nas proximidades da residência de Camilo Santana.
“A Polícia Federal destaca episódios que elucidam a hipótese delitiva, como na conduta de Paulo Magno (gestor do sistema First Mile), que teria sido flagrado pilotando um drone nas proximidades da residência do então governador do Ceará Camilo Santana”, detalhou Moraes em despacho.
A ação, segundo os investigadores, pode representar uma “simples ação de inteligência de acompanhamento” e não necessariamente uma operação de inteligência conduzida pela Abin.