Relatório da Abin ligando ministro ao PCC tem autor que trabalha para senador pró-Bolsonaro
Ricardo Wright Minussi Macedo, apontado pela Polícia Federal como o autor de um relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que tentou associar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao PCC, é funcionário comissionado no gabinete do senador Alan Rick (União Brasil-AC), que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A informação foi obtida pelo site Poder 360.
O relatório, denominado “Prévia Nini.docx”, criado durante a administração de Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Abin, serviu de base para uma operação de busca e apreensão da PF na quinta-feira (25.jan.2024), no âmbito do inquérito que investiga o possível aparelhamento político da agência e espionagem ilegal.
A ligação de Ricardo Wright Minussi Macedo com o caso foi mencionada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a operação.
Ricardo Macedo começou a trabalhar na equipe do congressista Alan Rick quando este era deputado federal, em 2016. Naquele ano, Macedo, que possui uma empresa individual de advocacia, atuou como secretário parlamentar por três meses. Ele retornou ao gabinete em 2017, trabalhando por mais três meses.
Em 8 de junho de 2021, Macedo voltou ao gabinete de forma permanente, assumindo o cargo de assessor parlamentar até o início de 2023, período em que Alan Rick foi eleito para o Senado Federal. Há registros de seu trabalho na Câmara em 2023 e no Senado Federal em 2024.
Foram encontrados registros de processos judiciais em que Macedo representou Alan Rick, totalizando cinco casos: um no Rio de Janeiro, dois em São Paulo e dois no Acre, estado de Rick. Esses processos incluem ações cíveis e pedidos de indenização contra pessoas físicas e empresas.
Os dois personagens, o senador Alan Rick e seu assessor Ricardo Macedo, ao serem procurados por um portal de Brasília que publicou matéria sobre o caso (Poder 360), reagiram da seguinte forma: o senador Alan Rick declarou que não tem controle sobre as atividades privadas de seus servidores. Ele acrescentou que foi informado que Macedo, em sua atuação privada como advogado, prestou serviços à Associação dos Servidores da ABIN (Asbin). O senador expressou total confiança na Justiça e acredita que as investigações irão mostrar que a menção de Macedo na investigação é um equívoco e que a situação será esclarecida adequadamente.
O senador Alan Rick, representando o União Brasil-AC, foi eleito em 2022. Ele usou suas redes sociais para publicar vídeos ao lado de Jair Bolsonaro (PL), então candidato à Presidência, a quem chamou de amigo, buscando apoio eleitoral.
A imagem a seguir mostra uma postagem de Alan Rick, na época deputado, em 2018 no Facebook.
Após o primeiro turno das eleições presidenciais de outubro de 2022, Alan Rick divulgou um vídeo com Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente “beneficiou o Brasil em diversos aspectos”.
Ele também expressou confiança na vitória de Bolsonaro naquelas eleições, dizendo: “Um grande orgulho de ter bons senadores, bons políticos do nosso lado. Parabéns ao Acre”, conforme Bolsonaro comentou naquela ocasião.
A Polícia Federal está investigando suspeitos de espionagem ilegal na Abin entre 2019 e 2022. Em 25 de janeiro, quinta-feira, a PF executou mandados de busca e apreensão contra indivíduos suspeitos de participarem desse esquema, incluindo Ricardo Wright Minussi Macedo e outros 11 investigados.
Essa operação foi autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do STF. Um dos focos da investigação é Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal pelo PL-RJ, suspeito de usar a agência para propósitos políticos.
A investigação inclui o uso indevido de sistemas de GPS da Abin para monitorar autoridades e cidadãos sem ordem judicial.
A PF também investiga se a Abin, sob a gestão de Ramagem, forneceu informações confidenciais aos filhos de Jair Bolsonaro. Ramagem nega ter beneficiado a família Bolsonaro ou autorizado o uso impróprio de recursos da agência.
Zulu
26/01/2024 - 16h29
https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/contas-de-luz-e-de-agua-vao-ficar-mais-caras-veja-aumentos-571987/
A esquerda dizem (ou deixam entender) que privatizando as contas sobem e deixando nas mãos do poder público não há aumentos…
A água é pública e (boa parte da energia também) mesmo assim aumentam constantemente…como se explica isso ?