O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu pela demissão de Guillermo Ferraro do cargo de ministro da Infraestrutura.
Esta decisão, conforme reportado pelos jornais argentinos Clarín e La Nación, está prevista para ser anunciada oficialmente nesta sexta-feira, 26 de janeiro de 2024. A ação vem menos de dois meses após o início do governo Milei.
A motivação para a demissão de Ferraro seria o suposto vazamento de informações das reuniões interministeriais, que ocorrem duas vezes por semana na Casa Rosada.
Em uma dessas reuniões, Milei teria expressado críticas a governadores e prometido cortar completamente seus financiamentos.
Além disso, os desentendimentos entre Ferraro e Nicolás Posse, ministro-chefe da Casa Civil e uma figura de confiança de Milei, também contribuíram para a decisão.
Com a saída de Ferraro, há especulações de que o Ministério da Infraestrutura possa ser integrado à Secretaria da Economia, sob a liderança de Luis “Toto” Caputo.
Este movimento seria consistente com as ações anteriores de Milei, que reduziu pela metade o número de ministérios ao assumir o cargo. Originalmente, o governo de Alberto Fernández contava com 18 ministérios, reduzidos para 9 por Milei.
Essa redução ministerial foi uma promessa de campanha de Milei, que criticou o número elevado de ministérios do governo anterior. Inicialmente, Milei planejava ter apenas 8 ministros, mas manteve o Ministério da Saúde, totalizando 9.
Dos ministérios restantes, dois foram designados como “superministérios”. O Ministério da Infraestrutura, que Ferraro chefiava, englobava as áreas de Transporte, Obras Públicas, Mineração, Energia e Comunicações. O outro, o de Capital Humano, abarcava Desenvolvimento Social, Trabalho e Educação.