Aliados de Bolsonaro temem que o general Augusto Heleno seja o próximo alvo da Polícia Federal, após a operação desta quinta-feira (25).
O general Heleno comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão que comandava a Abin durante o mandato do ex-presidente, e que, portanto, também pode estar na mira das investigações.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirma que a operação contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), realizada nesta quinta-feira, é uma perseguição ao partido devido à associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Isso está claro, a perseguição que estão fazendo no PL por causa do Bolsonaro. Isso é uma perseguição”, declarou Valdemar ao blog.
Ramagem, que foi chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e é um amigo próximo da família Bolsonaro, é o foco da operação Vigilância Aproximada. Esta investiga o uso ilegal da ferramenta de espionagem FirstMile pela Abin para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns durante o governo Bolsonaro.
Além disso, Valdemar criticou a entrada da PF nos gabinetes, considerando-a uma “falta de autoridade do Congresso Nacional”. Ele também mencionou que o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, deveria reagir, inclusive sugerindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou tanto a operação contra Ramagem quanto a operação anterior contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Valdemar negou que estas operações frustrem os planos de lançar Ramagem como candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, insistindo que se trata de “pura perseguição” e que isso pode até facilitar a eleição de Ramagem.
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